Agência Brasil | 6 de julho de 2011 - 10:00

Cientistas debatem novo Código Florestal

Pesquisadores de instituições como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participaram hoje (5) de debate no Senado sobre o projeto de lei do novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados.

A reunião contou com a participação de senadores das comissões de Meio Ambiente e de Agricultura, onde o texto está em análise, antes de seguir para o plenário do Senado.

O representante da Embrapa, Celso Manzato, disse que não há conflito entre a preservação das áreas de proteção permanente (APP) e a necessidade de crescimento da produção agrícola no país.

Ele defende que a preservação das matas em propriedades privadas garante a manutenção de aquíferos, controla pragas e assegura o desenvolvimento sustentável da própria agricultura. “A preservação dessas áreas em terras que não tem potencial para o plantio contribui para a polinização das plantas e o controle de pragas, que é um problema que já nos preocupa e está em estudo”.

Já o pesquisador da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Elíbio Rech Filho propôs aos senadores que seja montada uma “força tarefa” com o objetivo de fornecer as informações necessárias aos senadores durante o processo de análise do novo código.

Para ele, não faz sentido pensar em uma proposta que exclua dos debates as pessoas que vivem no campo, sejam agricultores de larga escala ou que dependem da terra para sobreviver. A lógica que deve nortear a discussão, segundo ele, é a que agrega crescimento econômico, inclusão social, preservação ambiental e desenvolvimento humano.