DA REDAÇÃO | 2 de agosto de 2019 - 13:00 CONFLITO

Eleição de federação vira caso de polícia

Liminar de juiz impediu impugnação de chapa

Eleição para escolher nova diretoria da Federação dos Trabalhadores do Comércio está acontecendo na manhã desta sexta-feira (2) após muita disputa, em que até a Justiça teve que mediar, duas chapas estão inscritas e uma delas tem como integrante o diretor da federação Idemar Mota, que está na direção há quase 40 anos. Mota é da chapa um, ele tentou impugnar mais de sete sindicatos para que não tivesse concorrentes e continuasse no poder. O conflito foi intenso e viatura da Polícia Militar esteve no local.

A discussão na sede do sindicato está acontecendo desde às 8h e só às 11h a situação foi resolvida.

Advogado que atua na área de leis trabalhistas Ricardo Froz foi nomeado pelo atual presidente da federação Pedro Lima para mediar a eleição. Depois de muita discussão entre integrantes das duas chapas inscritas, ele decidiu atender o pedido de liminar do juiz do Trabalho Mario Luiz Bezerra Salgueiro em que o magistrado determina que todos podem se candidatar, bem como participar da votação para a escolha da nova diretoria.

A discussão era porque a chapa um, que é composta pela atual diretoria, não queria abrir para que outros sindicatos se candidatassem, alegando que estavam com ausência de prestação de contas e que, por estarem impugnados, deveriam obedecer o estatuto da federação, porém, integrantes da chapa dois articularam apoio e judicializaram a questão.

A eleição etá acontecendo na sede da federação que fica na rua Fernando Augusto Corrêa da Costa, 58, Jardim América e após todos votarem, o advogado que está mediando a eleição declarou que a urna será lacrada e levada para juiz apurar os votos e decidir se derruba liminar para cancelar eleição com o objetivo de fazer valer o estatuto da federação.

CONFLITO

Alguns integrantes de outros sindicatos como a Federação dos Professores de Mato Grosso do Sul (Fetems) estavam do lado de fora da federação reclamando que policiais apaisanas não deixaram eles participarem das negociações e que se sentiram oprimidos pela atual diretoria. 

Policiais chegaram a serem acionados e viatura da Polícia Militar estava em frente ao sindicato. O pedido foi feito pelo jurídico da federação Rodolfo Calsone. “Ficamos com receio de acontecer alguma briga e para proteger o patrimônio público, chamamos reforço”, afirmou ele.