DA REDAÇÃO | 23 de abril de 2019 - 13:00 POLÍTICA

Prefeita de Miranda continua no comando até ser notificada de cassação

Marlene Bossay foi à prefeitura nesta terça-feira e deu ordem para que todos trabalhem normalmente

Marlene Bossay, prefeitura cassada de Miranda, durante discurso (Foto: Facebook/Reprodução)

Na manhã desta terça-feira (23), horas depois do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) confirmar a cassação da prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB), o expediente foi normal na prefeitura da cidade a 201 km de Campo Grande. Tanto a administração municipal quanto a Câmara de Vereadores esperam a notificação da decisão judicial para agir.

Marlene foi à prefeitura e deu ordem para que todos trabalhem normalmente, conforme apurou a reportagem. A Câmara também ainda não decidiu quais providências vai tomar.

Por unanimidade, os desembargadores do TRE decidiram manter a cassação da prefeita de Miranda por compra de votos e abuso de poder econômico na noite desta segunda-feira (22). Também tiveram os mandatos cassados o vice, Adailton Rojo Alves (PTB), e o vereador Ivan Bossay (MDB), filho de Marlene.

As defesas dos acusados ainda podem recorrer, mas se cassação for confirmada, nova eleição deve ser marcada.

Denúncia - A denúncia foi apresentada o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em 7 de dezembro de 2016, poucos meses depois das eleições. Conforme a acusação, em 26 de setembro de 2016, Alexandre Bossay, também filho da prefeita e irmão de Ivan, foi à aldeia Lalima deu a uma moradora cestas básicas em troca de votos.

O fato foi constatado por uma guarnição da Polícia Militar, que prendeu Alexandre –solto depois de pagar fiança.

Ainda conforme o MPMS, em 21 de setembro daquele ano, a campanha de Marlene foi acusada de distribuir vales-combustíveis a eleitores também para tentar cooptar votos. Em operação policial, foram apreendidos 39 tíquetes de abastecimento em um posto de combustíveis da cidade e registros de câmeras de segurança.