DA REDAÇÃO | 13 de fevereiro de 2019 - 09:44 OPERAÇÃO INTRAMUROS

Polícia deflagra operação para coibir crimes dentro de presídios de RO e MS

Para coibir crimes orquestrados dentro de presídios de Rondônia e do Mato Grosso do Sul, foi deflagrada pela Polícia Civil a Operação Intramuros. São cumpridos 40 mandados de prisão e uma busca e apreensão contra integrantes de facções criminosas nos dois estados.

Em nove meses de investigação os policiais apuraram que em presídios de Rondônia e do Mato Grosso do Sul há centros de comandos de uma facção criminosa. Os integrantes da facção usavam celulares dentro dos presídios e os líderes ordenavam roubos e homicídios para um tribunal do crime, cuja hierarquia, segundo a Polícia Civil tem como líderes presos em Campo Grande.

 

Investigações

 

Com o aumento de roubos e homicídios em Vilhena (RO) no Cone Sul do estado, a Polícia Civil constatou que os crimes envolviam infratores integrantes de facções criminosas, passando a monitorá-los.

As investigações começaram em maio de 2018 e nesse período a Polícia Civil mapeou oito homicídios tentados e consumados, praticados em Vilhena, Porto Velho e em Mato Grosso do Sul além de tráfico e roubos que também foram mapeados e investigados.

Ao que se sabe até o momento, são 17 mandados de prisão e uma busca e apreensão em Vilhena e 11 mandados em Porto Velho.

 

Prisões

 

 

Mandado de prisão foi cumprido no Hospital Regional de Vilhena — Foto: Eliete Marques

Nesta quarta-feira (13) foi preso no Hospital Regional de Vilhena, enquanto fazia inalação, um homem suspeito de ter envolvimento em dois homicídios na cidade. Ele é apontado como um dos líderes da facção criminosa. Outro suspeito foi preso no Setor 17 de Vilhena. Agora a polícia se dirige ao centro de ressocialização Cone Sul.

 

Nome da operação

 

O nome Intramuros é um termo usado dentro do direito criminal para denominar fatos ocorridos dentro dos muros de um estabelecimento carcerário.

Isso faz referência ao fato de, durante a investigação, ter sido comprovado casos de mortes de integrantes de facções rivais com crueldade, onde o chamado “tribunal do crime”, de dentro do presídio, determinava inclusive detalhes da execução, como a amputação de membros ou mesmo a decapitação das vítimas.

*Matéria em atualização