Agência Brasil | 21 de junho de 2011 - 13:47

Atendimento adequado ao parto reduziria em 3,6 milhões número de mortes por ano, diz

Cerca de 3,6 milhões de mortes poderiam ser evitadas todos os anos com atendimento adequado ao parto. É o que indica relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), lançado na África do Sul, durante evento internacional com parteiras.

O organismo das Nações Unidas avaliou a assistência a gestantes e recém-nascidos em 58 países, responsáveis por 60% dos nascimentos em todo o mundo e mais de 90% da mortalidade materna.

De acordo com o relatório, 358 mil mulheres morrem por ano durante a gestação ou no parto, 2 milhões de bebês morrem 24 horas após o nascimento e 2,6 milhões das crianças já nascem mortas.

Conforme a organização, se o acesso aos serviços de saúde e aos médicos fossem facilitados, 61% das mortes maternas poderiam ser evitadas. Se uma parteira acompanhar o nascimento da criança e souber lidar com complicações do parto, sobe para 90% o percentual de mortes maternas a serem evitadas.

O fundo constatou um déficit global de 350 mil parteiras. A organização alertou que 38 dos países pesquisados precisam aumentar drasticamente o número de parteiras se quiserem alcançar a meta de 95% dos partos com cobertura qualificada até 2015, uma dos Objetivos do Milênio, estabelecidos pelas Nações Unidas. Segundo o levantamento, nove países necessitam multiplicar em até 15 vezes o número destas profissionais: Camarões, Chade, Etiópia, Guiné, Haiti, Níger, Serra Leoa, Somália e Sudão.