Com origem no Século XIX, o feminismo é um movimento político e social que luta pela igualdade de gênero e a valorização do papel da mulher na sociedade. Apesar dos diversos mitos que o circundam, observa-se o surgimento de uma nova onda feminista impulsionada pelo advento das redes sociais, plataformas que dão voz às mulheres no mundo atual. Nesse contexto, chega dia 11 de outubro na Netflix o documentário “Feminists: What Were They Thinking?”, que busca resgatar e comparar o ativismo nos anos 70 ao contemporâneo. 

Em 1997, a fotógrafa Cynthia Mac Adams publicou o livro “Emergence”, que continha fotos em preto e branco de mulheres que, empoderadas pelo despertar feminista em Nova York, passaram a questionar as restrições impostas pela sociedade. Uma delas, a artista e cineasta Johanna Demetrakas, encontrou no livro uma forma de examinar o movimento a partir de uma perspectiva individual e, com isso, compará-lo a depoimentos das jovens atuais.

O documentário foi filmado ao longo de quatro anos, se revezando entre as cidades de Los Angeles e Nova York. Além disso, conta com entrevistas das atrizes Jane Fonda e Lily Tomlin e da artista Judy Chicago, que opinam sobre temas variados, desde a identificação de gênero e o aborto, até a maternidade e o papel da infância na formação da mulher.

O longa é uma produção original da Netflix e procura desmistificar a imagem de feminismo que se construiu nos dias de hoje. Com isso, apresenta o movimento como ele é, igualitário e libertador, pronto para combater os dogmas e as imposições sociais que rodeiam as mulheres a séculos.

Além disso, por conter depoimentos da própria diretora Johanna Demetrakas, o documentário adquire um caráter íntimo, quase como um desabafo, que proporciona uma imediata empatia. Nesse sentido, “Feminists: What Were They Thinking?” é um retrato sincero de um movimento que deve continuar sua luta.