OE10 | 21 de agosto de 2018 - 16:28 BONITENSE - MMA - CINTURÃO

Bonitense Sidy Rocha luta pelo cinturão neste sábado no Rio de Janeiro

Bonitense Sidy Rocha luta pelo cinturão neste sábado no Rio de Janeiro

No final deste mês, Mato Grosso do Sul terá uma atleta disputando o cinturão no Shooto Brasil, uma das maiores competições de MMA (sigla para Artes Marciais Mistas em inglês) do mundo. Sidy Rocha da cidade de Bonito (MS), lutará contra Lara Procópio, atual detentora do cinturão na categoria peso-galo e uma das maiores revelações da modalidade. O evento acontecerá no dia 24 de agosto, na zona sul do Rio de Janeiro. 

O Shooto foi o primeiro evento de Vale Tudo profissional realizado no Japão, fundado no fim da década de 80, por Satoru Sayana, sob o nome de Japan Open. O intuito da atleta bonitense é ser revelada para o MMA mundial. Ela lutou em grandes eventos em São Paulo, Curitiba e Fortaleza, e já participou de 15 lutas, dentre elas nove vitórias, dois empates e apenas quatro derrotas. 


Apesar da carga, a atleta faixa azul de jiu-jitsu começou a lutar há apenas dois anos por influência do marido, que também é lutador e hoje seu treinador. "Comecei a lutar por incentivo do meu esposo e por sempre acompanhar a equipe nas competições. Eu acabei me envolvendo de tal maneira que senti vontade de lutar também", explica. 
 

Sidy tem 40 anos, e por causa da idade se considera uma raridade dentro do esporte de alto rendimento como o MMA, já que grande parte dos praticantes são pessoas jovens que buscam conquistar seus sonhos como atleta profissional. "O MMA mudou completamente meu estilo de vida. Sempre fui atleta, mas nunca me entreguei tanto ao esporte como agora", conta. 

Hoje a atleta precisa conciliar a rotina de sua profissão com os treinos diários. Sidy é personal trainer em uma academia de musculação e duas vezes por dia veste as luvas e vai lutar. "Sou adepta do estilo de vida saudável e procuro estimular as pessoas a serem como eu, persistente e determinada, em busca de seus objetivos", comenta.


Ela é uma das poucas mulheres que venceu a luta contra o preconceito e conseguiu se destacar dentro dos ringues. "No início, ser mulher num mundo predominantemente masculino era sinônimo de preconceito. Hoje elas conquistaram seu espaço na modalidade e em grandes eventos de MMA, como no UFC [Ultimate Fighting Championship], em que as mulheres são presença mais que garantida nos cards, abrilhantado ainda mais o espetáculo", encerra. 
 

O MMA é uma modalidade de luta em que os praticamente não precisam necessariamente seguir um estilo específico de luta. Esse esporte possibilita ao praticante utilizar qualquer golpe boxe, jiu-jítsu, karatê, judô, muay thai, entre outras. Ele utiliza uma grande escala de técnicas permitidas, como golpes utilizando os punhos, pés, cotovelos, joelhos, além de técnicas de imobilização, como lances e alavancas.