Campo Grande News | 26 de abril de 2018 - 15:35 NOVO PERIGO

Sete vezes mais forte, supermaconha ganha atenção de traficantes

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As apreensões de skunk, um tipo de maconha produzida em laboratório e considerada até sete vezes mais forte que a droga comum, aumentaram nos últimos meses em Mato Grosso do Sul. Ontem (25), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu 22 quilos da “supermaconha” em Nova Alvorada do Sul.

Em Dourados, usando cães farejadores, a Polícia Militar já apreendeu 12 quilos da droga neste ano, a maioria com passageiros de ônibus, carregada pelas chamadas “mulas do tráfico”, pessoas contratadas para carregar pequenas quantidades de drogas nas bolsas.

Segundo especialistas, a supermaconha é produzida a partir da cannabis sativa hibrida, resultado de cruzamentos de espécies diferentes de plantas do mesmo gênero e cultivada em laboratório para obter maior concentração de THC (tetrahidrocannabinol), a substância ativa com poder narcótico presente nesse tipo de planta.

Neste ano a PM já apreendeu cinco pessoas com skunk em três ocorrências diferentes em Dourados. Segundo balanço divulgado hoje, nos 12 meses de 2017 apenas uma pessoa foi presa 2,2 quilos de skunk na cidade.

Na semana passada, os goianos Antonio Célio de França Júnior, 25, o “Galego”, e Matheus Eduardo de Oliveira, 23, foram presos em Dourados quando davam um “rolezinho” no shopping da cidade com uma mala lotada de skunk.

Os dois contaram que receberiam R$ 3 mil para levar a droga até Goiânia, para o contratante, conhecido como “Reloginho”, que conheceram em uma praça no centro da capital goiana.

Outros 18 quilos da supermaconha foram apreendidos pelo DOF (Departamento de Operações na Fronteira) no dia 14 deste mês, em Laguna Carapã. O skunk estava junto a uma carga de 225 quilos de maconha comum.

Cinco vezes mais cara que a maconha tradicional, o skunk vem sendo apontado como a “droga da moda”. Assim como o outro tipo de cannabis, é produzida em território paraguaio, perto da fronteira com Mato Grosso do Sul.