Campo Grande News | 27 de fevereiro de 2018 - 15:04 NO INTERIOR

Mãe e padrasto são presos sob suspeita de matar bebê de 1 ano

Divulgação

Milena Oliveira de Souza, de 19 anos e o esposo, Jhonatam Contreras do Espirito Santo, de 21, foram presos hoje (26) em Corumbá – cidade a 419 quilômetros da Capital-, suspeitos de terem espancado até a morte o pequeno Rhian Vinicius, de apenas um ano e sete meses.

Conforme a Polícia Civil, mãe e padrasto levaram o garoto até o hospital, ainda no último dia 17, depois que a criança teria se engasgado com o próprio vômito. Na ocasião, Rhian deu entrada no hospital já em parada respiratória.

“A equipe médica que fez o atendimento então notou algumas manchas pela barriga e pernas da criança e acionou a polícia”, comentou o delegado responsável pelo caso, Pablo Gabriel Farias, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civíl em Corumbá.

Rhian morreu no hospital por conta de uma hemorragia grave no fígado. Desde então, o casal era investigado sobre a suspeita de que o garoto sofria maus-tratos, até a prisão, nesta segunda-feira (26). Ambos negaram o crime.

No entanto, laudos médicos também constataram que não teria como a lesão no órgão ou a própria morte, ter sido por conta de um engasgamento. “E com base tanto nos depoimentos da equipe médica, laudos necroscópicos e os próprios sinais pelo corpo da criança, decidimos solicitar a prisão”, diz o delegado.

O casal foi indiciado pelo crime de homicídio e encaminhado ao presídio de Corumbá. “Esse tipo de lesão geralmente ocorre por conta de alguma pancada muito forte, por exemplo. Tudo indica que se eles não queriam matar, no mínimo assumiram o risco”, conclui.

Defesa – O advogado do casal, Carlos Ramos Ramsdorf reforça que Rhian deu entrada no hospital engasgado e que era umas das complicações por ele ter nascido com hidrocefalia (acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano dentro do crânio).

“Ele teve muitos problemas de saúde. Era uma criança 'especial' e por conta da doença teve muitas quedas desde o nascimento, e por isso as manchas pelo corpo”, conta o advogado.

No último dia 19, mesmo dia do enterro do filho Milena lamentou a morte no Facebook. Desde então a postagem gera comentários de revolta de usuários.