R7.COM | 29 de outubro de 2017 - 15:34 SUSTO DURANTE VELÓRIO

Declarado morto no hospital, rapaz dá sinais de vida no velório

Declarado morto no hospital, rapaz dá sinais de vida no velório

FOTO: DIVULGAÇÃO

O peruano Watson Franklin Mandujano Doroteo, de 24 anos, estava sendo velado pela família e amigos na última sexta (21). O rapaz tinha sido declarado morto no Hospital Contingência da cidade de Tingo María, região central do Peru.

No meio de seu velório, no entanto, o inesperado ocorreu. Uma parente que veio de Lima, a capital, levantou a dúvida: cochichou a outro familiar sobre a possibilidade de Franklin estar vivo. "Ele está respirando, vejam!", alguém berrou. Presentes ao velório ficaram chocados e se desesperaram. "Nós já íamos fechar o caixão", disse um deles.

Chamaram um médico, que constatou: Watson, deitado no caixão, estava respirando. O rapaz foi, de novo, levado à pressas a um hospital. Mas essa história inacreditável, retratada por câmeras de celulares e emissoras de TV, teve um desfecho trágico.

O drama do peruano começou numa simples ida ao dentista. Na quinta (19), dois dias antes do velório, o rapaz tinha ido ao consultório para fazer uma extração. Tomou anestesia antes de fazer o procedimento. Mas a operação foi desastrosa. A família do rapaz contou à reportagem do jornal Diario Correo que Watson não teve o dente extraído. O dentista errou ao manipular os instrumentos e feriu a raiz. Ele deu mais remédios ao rapaz. O peruano não reagiu bem à medicação excessiva: começou a sentir náuseas, calafrios e febre, como contou sua mulher (que não teve o nome informado) ao diário peruano. O rapaz foi levado, segundo familiares, ao Centro de Saúde de Aguaytía e dali encaminhado ao hospital. Watson havia piorado: teve convulsões e sua febre aumentou.

No Hospital Contingência de Tingo María, a equipe médica deu ao paciente injeções de diazepam, um forte sedativo e calmante. Ele ficou internado mais de 24 horas, e recebeu nesse período mais doses do mesmo remédio. Os médicos declararam, às 4h10 da madrugada do dia 21, que Franklin havia morrido. Às 6 da manhã, lembra a família, o rapaz já tinha sido levado ao necrotério. Parentes, chocados, providenciaram os preparativos para o funeral. Familiares, como a irmã de Watson, se queixaram aos médicos que não foi pedida uma necrópsia. 

Também alertaram à equipe do hospital: o corpo de Watson estava quente, como se ele estivesse ainda sedado. Os médicos rebateram dizendo que ele morrera, lamentaram e insistiram para que o levassem para o funeral.      

Durante o velório, uma parente (que também não teve o nome divulgado) percebeu que Watson respirava. Observou ainda que o rapaz até suava. Houve um rebuliço no velório. Parentes se desesperaram. Alguns tentaram acordar Watson. Até que um presente chamou um médico particular.

Logo ao chegar, sem examinar o rapaz, ele notou que Watson tinha sinais vitais. Avaliou e constatou que o peruano estava, sim, vivo. Parantes correram e levaram o rapaz exatamente nessas condições até uma caminhonete.

Quando foi levado à emergência, a família, que alimentara esperanças de ver o rapaz com vida, ouviu a notícia trágica: ele foi declarado morto mais uma vez. Os médicos que o atenderam disseram que ele não resistiu: morreu assim que deu entrada ao hospital.

"Ele teve uma reação ao excesso de medicamentos e não foi tratado a tempo. Se ficasse no hospital no dia em que foi equivocadamente dado como morto, teria sobrevivido", disse um dos médicos.

Parantes organizaram um protesto em frente ao Hospital Contingência, onde Watson teve o óbito declarado pela primeira vez. Acusaram os médicos de negligência.