Campo Grande News | 1 de junho de 2011 - 14:15

Patrimônio de presos por tráfico incluia fazenda e mansão em Coxim

O padrão de vida da família presa na operação Navegantes, realizada hoje em Coxim, despertou a atenção da polícia. Os presos se apresentavam como pescadores, mas tinham fazenda avaliada em R$ 2 milhões, chácaras e mansão.

Conforme a acusação, o negócio da família era o tráfico de cocaína e maconha. A droga, comprada na Bolívia, vinha por meio do rio Taquari, era deixada na fazenda dos presos e então distribuída para São Paulo e Goiás.

O esquema era comandado de dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, onde os irmãos Geneci e Genilson Elias da Silva cumprem pena. Em Coxim, eles são conhecidos como “Irmãos Félas”.

A dupla foi presa em outubro do ano passado com 30 quilos de cocaína, mas mantinha contato por cartas e celular. O grupo passou a ser monitorado após as prisões dos líderes. Foram verificadas mais de mil ligações por dia.

A operação recebeu o nome de Navegantes porque os presos vêm de família de pescadores e porque o tráfico utilizava o rio Taquari.

Com auxílio de cães farejadores, a PM (Polícia Militar) cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e prendeu nove pessoas. Foram presos Flávio da Silva Luz, Jeferson Elias da Silva, Rogério Bispo de Farias, Vilmar Meza da Silva, Indiamara Santos Almeida, Danilo Mota, Solange Maria Antunes, Anderson Bibiano da Silva e Reginaldo Pereira da Silva.

Francisco Gelson Elias está foragido. Os presos estão sendo ouvidos no MPE (Ministério Público Estadual) e serão levados para a 1ª delegacia de Polícia Civil.

Foram apreendidos um Vectra, três motocicletas, máquina de contar dinheiro, carabina Puma, pistola 765, computador, notebook, algemas e munições intactas e deflagradas.

A ofensiva contra o tráfico contou com 110 policiais e 30 viaturas. (Com informações do Edição de Notícias e Coxim Agora).