CORREIO DO ESTADO | 26 de abril de 2017 - 15:57 CRIME ORGANIZADO

Fronteiras estão vulneráveis ao avanço de facção criminosa

Falta estrutura policial de repressão ao tráfico de drogas, armas e assaltos

Valores divulgados como R$ 120 milhões foram roubados da sede da Prosegur - Foto: Divulgação

Os recentes assaltos no Paraguai e Bolívia, e que estão sendo atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), colocaram à mostra a vulnerabilidade da segurança nas fronteiras ao avanço do grupo.

As ações preventivas, na prática, não existem, e as repressivas, a depender da estrutura policial disponibilizada, não são eficientes.

Desde o dia 20 de fevereiro, forças policiais do Mercosul vem sofrendo com ataques promovidos pelo crime organizado, que já resultaram em mais 30 milhões de dólares em prejuízo a instituições financeiras que operam no Brasil, Bolívia e Paraguai. Estes roubos expõem incapacidade do Estado em conter o crescimento das facções, na disputa pelo controle do tráfico de armas e drogas.

O poder de fogo demonstrando pelos assaltantes em Ciudad del Este, Paraguai, no ataque à sede da Prosegur, para o roubo de R$ 120 milhões, evidencia o risco que Mato Grosso do Sul corre de sofrer uma ação semelhante ou dar refúgio aos quadrilheiros.

No Paraguai, aproximadamente 50 indivíduos ligados ao Primeiro Comando da Capital mataram um vigilante e tomaram milhões de dólares da Prosegur, em um crime cinematográfico.

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, admite que o efetivo policial, principalmente nas cidades do interior, teria dificuldades em enfrentar de imediato grupos fortemente armados, como o que agiu em Ciudad del Este.

*Leia reportagem, de Renan Nucci e Thiago Gomes, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.