Correio do Estado | 24 de abril de 2017 - 09:36 TESTES

Larvicida natural promete ser arma contra Aedes aegypti e será testado na Capital

Divulgação

Produto inédito será testado em Campo Grande no combate ao mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, zika vírus, além de febre chikungunya, febre amarela e febre do Mayaro.

Desenvolvido durante mestrado e doutorado na área de Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o larvicida produzido com líquido da casca da castanha de cajú (LCC) e óleo e mamona começa a ser aplicado em dois bairros da Capital a partir do mês de setembro deste ano.

A responsável pela pesquisa é a bióloga e doutoranda Juliana Miron Vani, 27 anos, que desde 2014 estuda os efeitos do produto no meio ambiente e no ser humano. “Ao longo de todos esses anos fizemos inúmeros testes e comprovamos a eficácia, pois mata todas as larvas do mosquito em até três horas”, afirma.

Ela destaca também que “além de matar em até três horas, ainda tem durabilidade, ou seja, os efeitos podem durar de 13 a 37 dias, conforme a dosagem. Se chover o produto continua fazendo efeito. É de baixo custo, pois temos castanha de cajú e mamona em abundância no Brasil”.

Os dois bairros que vão receber os testes finais do produto ainda não foram definidos pelo Centro de Controle de Endemias e Vetoriais (CCEV) e pela Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores (CCV).