Um dia após o volante Gilberto Silva, 34, acertar com o Grêmio, mais um jogador da campanha do pentacampeonato da seleção na Copa do Mundo de 2002 definiu o seu destino. Reserva naquele time de Luiz Felipe Scolari, o meia Ricardinho, 35 anos completados na véspera, fechou no final da tarde desta terça-feira com o Bahia para a disputa do Brasileiro.

Ricardinho, cuja contratação foi confirmada pelo Twitter oficial do clube, estava desempregado desde o início de abril, quando foi dispensado pelo Atlético-MG ao lado do volante Zé Luís por motivos extra-campo.

"O motivo é hierarquia. Na hora em que o treinador [Dorival Júnior] notou que havia algum problema, foi detectado há 35 dias, foi feito uma observação sobre o que estava acontecendo. Os três últimos treinadores pediram a cabeça do Ricardo e os dois últimos, a do Zé Luís. Mas não vamos fazer de jogadores demônios ou santos", disse na época o presidente atleticano Alexandre Kalil.

O jogador negou a situação.

"Nunca tive qualquer tipo de problema em relação a treinamento, dedicação, horários. Sempre me coloquei à disposição dos clubes que joguei. Pela experiência, sempre procurei questionar certas situações que fossem para melhorar nossa produção, sempre respeitando comando do treinador e hierarquia", afirmou.

Agora, deve formar o sistema ofensivo do Bahia com os ex-corintianos Lulinha e Souza, além de Jobson, com quem chegou a ser companheiro em Minas Gerais.

Ricardinho foi revelado no Paraná, defendeu o Boudeaux (França) e se consagrou no Corinthians, onde ganhou os Brasileiros de 1998 e 1999. Após o Mundial-2002, passou rapidamente pelo São Paulo e voltou a conquistar o Nacional em 2004, com o Santos.

Antes do Atlético-MG (2009-2011), rodou pelo turco Besiktas e o qatariano Al-Rayyan.