A situação de quem mora na região do Pirizal, em Camapuã, distante 145 quilômetros de Campo Grande, está cada dia mais complicada. O problema é que a ponte que dá a passagem desmoronou em um dos lados, formando um grande buraco.

E para que os moradores tenham acesso na estrada vicinal, só passando por dentro do córrego, que leva o mesmo nome da região. Com isso, as crianças precisam atravessar por dentro do córrego utilizando uma estradinha paralela, para que só então consigam chegar a escola rural da região.

“Tenho uma pequena propriedade aqui há três anos, e quando chove piora tudo. Antes a ponte ficava debaixo d’água, agora caiu e as crianças são as que mais sofrem, porque elas tem que ir para a escola, e acabam passando por dentro da água”, conta o homem que pede para não ter o nome identificado.

A reclamação além do perigo que correm, é que muitas vezes os pais estão desistindo de mandar os filhos para a escola e as que vão, acabam chegando molhadas para estudarem. Segundo ele, a reclamação já foi feita, mas a Prefeitura afirmo que não tem recursos. “Quem precisar de um socorro rápido ou em dia de chuva, pode acontecer uma tragédia”, comenta indignado.

Prioridade
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Camapuã, a equipe da Secretaria de Infraestrutura já está finalizando um levantamento sobre as reais condições de todas as pontes de responsabilidade do município.

Em nota oficial, a assessoria explicou que o levantamento começou logo nos primeiros dias do mandato já que há uma preocupação com processos licitatórios abertos em novembro, pelo administrador anterior, e que precisam de relatórios para que se dê continuidade ou não.

O Secretario de Infraestrutura Eduardo Azevedo que tem acompanhado de perto o trabalho de vistorias, esteve na tarde de ontem na conhecida ‘ponte do caixote’, no Rio Barreiro, que está sendo restaurada.

“A ponte do caixote está em obras e 77% está concluída. Um dos nossos maiores problemas hoje está na ponte do córrego Pirizal onde o aterro das duas cabeceiras cedeu. A reparação precisa ser feita com urgência”. Comentou.

Segundo Eduardo, chuvas acima da média tem castigado a região e dificultado o trabalho que é emergencial. Ele reafirmou ter ciência do problema das crianças, e que estão buscado sanar o problema.