Midiamax | 24 de maio de 2011 - 08:45

Preso há dois meses, professor acusado de pedofilia vai a julgamento no dia 31

O caso envolvendo o professor A.L.O acusado de filmar e fotografar alunas nuas e que está preso na Penitenciária Harry Amorim Costa de Dourados desde o dia 22 de março poderá ter um desfecho na semana que vem.

É que a juíza da primeira Vara Criminal Dileta Terezinha Souza Thomaz marcou para as 16h do dia 31 uma audiência de instrução e julgamento. A juíza afirmou que “a defesa preliminar não aduziu qualquer circunstância” que pudesse “ensejar a absolvição sumária” do professor que teve os pedidos de relaxamento da prisão e habeas corpus negados.

Na audiência serão ouvidas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela defesa. O professor será interrogado enquanto que a sua filha na condição de vítima também será ouvida pela juíza.

Num primeiro momento o professor A.L.O foi acusado pela ex-esposa A.C.C.M de ter filmado e fotografado alunas de duas escolas públicas e uma particular. Conforme o inquérito policial A.C.C.M denunciou o professor por crime de pedofilia depois que flagrou A.L.O com um pen drive onde continha imagens de crianças e ainda conversas de MSN entre uma pessoa identificada apenas como Pipoca e a filha do casal L. de apenas 12 anos de idade.

Por armazenar fotos ou imagens de crianças nuas o professor, segundo o advogado de defesa Maurício Rasslan teria cometido um crime de menor potencial ofensivo conforme atesta o artigo 241B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê pena de reclusão de um a quatro anos e multa.

O advogado afirmou que o professor, além de ser réu primário, possui bons antecedentes. "Se por acaso for condenado, pegará uma pena de apenas oito meses em regime aberto podendo ser substituída em prestação de serviços a comunidade", calcula. Mauricio disse que no computador do professor não existem cenas ou filmagens de sexo ou outros arquivos que comprovem crime de pedofilia.

O caso ganhou novos contornos quando num segundo momento a menina L. prestou novo depoimento e confirmou que havia sido molestada pelo professor. Diante disso a promotoria da Infância e Adolescência se baseou para recomendar a justiça que o professor continuasse preso.

Na audiência da próxima terça-feira a Justiça já terá condições de tomar uma decisão sobre o caso do professor uma vez que terá em mãos os resultados da perícia feita no pen drive do professor e no computador usado por toda a família de A.L.O. Já o depoimento do adolescente A. conhecido como “Pipoca” poderá ser primordial para esclarecer muita coisa, conforme disse o advogado Maurício Rasslan que acredita na absolvição do seu cliente.