CORREIO DO ESTADO | 11 de dezembro de 2016 - 15:45 MORTES A SEREM INVESTIGADAS

Médica e filho de 2 anos são encontrados mortos por asfixia dentro de casa

FOTO: FACEBOOK

Médica que foi candidata a vereadora e deputada estadual Valquíria Feitosa Patrício Gomes, de 31 anos, e o filho dela, de 2 anos, foram encontrados mortos na noite de ontem (10), abraçados no quarto da residência onde moravam, no bairro Itanhangá Park, em Campo Grande.

Marido da vítima encontrou a mulher e a criança desacordados quando chegou em casa e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar do pedido de socorro, não foi possível salvá-los.

Suspeita é que mãe e filho tenham morrido por asfixia, já que um fogareiro a carvão foi encontrado no quarto, que estava com a porta trancada. Conforme informações policiais, vítima sofria de depressão e caso está sendo investigado, mas polícia não descarta a hipótese de suicídio.

Perícia foi feita no local e corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), onde serão submetidos a exame necroscópico para atestar a causa da morte.

Valquíria trabalhava na Prefeitura de Campo Grande e atendia na rede pública de saúde, por meio do Programa de Saúde da Família, desde 2014. Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), ela era especializada em medicina da família e comunidade.

Em 2010, a médica candidatou-se ao cargo de deputada estadual pelo PSC, mas não foi eleita. Nas eleições municipais de 2012, ela concorreu ao cargo de vereadora da Capital pelo mesmo partido, mas novamente não alcançou número de votos para se eleger.

O Portal Correio do Estado entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina (CRM/MS), que informou que toda a investigação sobre o caso, como possível coerção no trabalho, fica a cargo da polícia.

O vereador Jamal Salém (PR), que era secretário municipal de Saúde quando Valquíria começou a trabalhar na rede pública, disse ao Portal Correio do Estado que ela era uma profissional dedicada ao trabalho.

Com base em sua experiência a frente da Sesau, ele também informou que nestes casos a investigação é de responsabilidade da polícia.

Reportagem também tentou contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande e da Sesau, mas as ligações não foram atendidas.