Midiamax | 18 de agosto de 2016 - 09:32 ELA POSTOU NO FACEBOOK

Mãe encontra 'coisa nojenta' em leite comprado para filho de 3 anos

Divulgação

A vendedora de Campo Grande, Kamilla dos Santos Ferreira, comprou um leite de caixinha para o filho de três anos. Na hora de colocar o produto no copo, ela percebeu um 'corpo estranho'. Preocupada, ela não deu o produto para o filho e reclamou nas redes sociais: “O preço já está um absurdo e ainda encontro uma coisa nojenta dentro do leite”.

Kamilla comprou duas caixinhas de Elegê para o filho ontem (16) em um supermercado no Bairro Estrela do Sul. “A caixinha de leite estava na promoção, estava R$ 3,89, normalmente é R$ 4,89. Quando abri e coloquei no copo vi aquela coisa nojenta, estranho, parece um bicho, um fungo. Não sei ao certo”, disse a vendedora.

Ela disse que ligou ao SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), e a atendente pediu os dados e imagens do caso para as devidas providências. Kamilla comentou que ainda procurou o supermercado onde fez a compra.

 

 

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou contato com a assessoria de imprensa da Elegê, mas no link disponível no site dá erro. Em contato com o SAC, a atendente comentou que aguarda as fotos da consumidora para então serem tomadas as providências, mas que não foi relatado qualquer problema semelhante até hoje. A reportagem ainda fez contato com a filial da empresa em Campo Grande, mas não teve ligação atendida.
O que fazer quando encontrar 'corpo estranho'

Nesses casos, o consumidor tem direito a restituição do valor pago ou um outro produto, porque de acordo com Art. 18 do CDC (Código de Defesa do Consumidor), os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados.

“O produto está viciado. A consumidora tem direito de ir ao supermercado e dizer que está estragado, que quer o dinheiro de volta, ou a substituição por um outro. Se perdeu confiança na marca, pode pedir uma outra marca. Se o mercado se negar, ela pode procurar o Procon/MS”, explica a superintendente Rosimeire Cecília da Costa.

As reclamações, como essas de corpos estranhos em produtos, devem ser feitas a Vigilância Sanitária. De acordo com Rosimeire, na Vigilância o produto é analisado pelo Lacen (Laboratório Central). “O órgão analisa, faz perícia e pode suspender a venda daquele lote”, explica.

Rosimeire ressalta que os consumidores precisam ter o hábito de procurar os órgãos, como Procon/MS e Vigilância Sanitária, para reclamar, uma vez que as análises e fiscalizações são feitas a partir de denúncias.

Serviços de defesa do consumidor
 

Em Campo Grande, o Procon funciona na Rua 13 de Junho, 930, Centro. O consumidor também pode entrar em contato pelo disque-denúncia 151, ou pelo telefone (67) 3316-9800.

O Sefal (Serviço de Fiscalização de Alimentos) é o responsável pela fiscalização da Vigilância Sanitária, localizada na Rua Bahia, 280, Centro. O telefone é (67) 3314-3064.

O consumidor pode ainda procurar a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo), porque o caso se enquadra na Lei 8.137/90, de crime relacionado ao consumo. A delegacia fica no prédio do Procon/MS.