Midiamax | 30 de junho de 2016 - 08:55 GUERRA NA FRONTEIRA

Hospital rejeita pistoleiro que executou Rafaat e Paraguai procura vaga

O brasileiro Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, apontado como um dos envolvidos na execução de Jorge Rafaat Toumani foi rejeitado pelo Hospital Militar do Paraguai, para onde as autoridades de segurança queriam transferi-lo, depois de uma tentativa de fuga, na quinta-feira (23), do Hospital Fernando de La Mora. Os dois hospitais ficam em Assunção, capital do Paraguai.

 Agora a Polícia Nacional Paraguaia busca uma outra unidade médica para receber o brasileiro .

Segundo as informações divulgadas pela imprensa da região de fronteira do Brasil com o Paraguai, a direção do hospital teria rejeitado a transferência de Rafaat para o local em virtude ao alto risco de retaliação durante a ação. A Justiça vai decidir sobre a transferência do pistoleiro, que está prevista ainda para esta quarta-feira. 

Sérgio está internado no Hospital em Fernando de la Mora  desde o dia 15 de julho, quando foi atingido por um tiro no rosto, supostamente disparados por seguranças de Rafaat. O brasileiro seria o responsável por manusear a metralhadora antiaéreo calibre 50, que perfurou o veículo blindado de Rafaat e acertou o homem conhecido como o “Rei da Fronteira”.

O suspeito tentou fugir da unidade hospitalar. Para escapar, ele tentou abrir a algema com uma medalha da Virgem Maria da pulseira que usava. A cena foi flagrada pelo médico plantonista que avisou a polícia. Informações apontam Sérgio como integrante do "Comando Vermelho".

O crime

O assassinato ocorreu no dia 15 deste mês e intensificou o conflito entre traficantes brasileiros e paraguaios que disputam o controle pelo tráfico de drogas na fronteira. Rafaat era dono de uma rede de lojas Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o Brasil, e foi executado por homens fortemente armados.

A suspeita é de que os envolvidos tenham ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa criada em São Paulo, ou pelo CV (Comando Vermelho) comandado por criminosos do Rio de Janeiro.

No dia seguinte a execução, o escritório de segurança privada de Rafaat foi alvo de um grupo armado com fuzil 762. Eles atiraram contra o prédio, além de render um guarda que fazia segurança no local. Ele foi desarmado e teve a escopeta calibre 12 e uma pistola 9mm tomadas pelo grupo.