Boni Miranda - Bonito Informa | 17 de maio de 2011 - 15:17

"O modelo Bonito"; revista Viagem e Turismo publica matéria sobre Bonito, confira

A revista Viagem e Turismo da Editora Abril, que também edita o Guia Quatro Rodas, publicou em sua edição de maio de 2011 uma matéria destacando a harmonia entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento do turismo em Bonito.

Confira:

O modelo Bonito

Como a cidade do Mato Grosso do Sul consegue preservar sua natureza sem rechaçar o turismo

Normalmente é assim: um lugar com atrações naturais exuberantes um dia se torna destino badalado. Operadores de turismo passam então a comercializá-lo e, com o tempo, a cidade é invadida pelo turismo de massa. Logo, a natureza começa a pagar a conta.

Mas isso não se deu com Bonito. Campeão histórico do Prêmio VT na categoria destino de ecoturismo, o lugar encanta por suas águas límpidas e pela fauna que a habita. A novidade de Bonito é que o município não tem áreas de preservação ambiental. Há um parque nacional, o da Serra da Bodoquena, nos arredores, mas as principais atrações da cidade ficam fora dele. O controle estrito da visitação – com preços acima da média das atrações brasileiras – e o sistema de comercialização, exclusivo das agências credenciadas, ajudam a evitar que o lugar siga o mau caminho.

Nem mesmo o número cada vez maior de turistas – em 2010, foram á cidade 276 mil deles, 106 mil a mais que dois antes – parece representar uma ameaça. Para especialistas, o modelo de Bonito, com muitas das decisões sobre o turismo nas mãos da iniciativa privada, joga a favor da preservação. Edgar Werblowsky, da operadora de destinos Freeway, é um adepto. “Os proprietários cuidam bem dessas terras, pois sabem que, do contrário, o retorno econômico não vem”. “Em Fernando de Noronha”, segue ele, “é um absurdo a quantidade de bugues e pousadas que são construídas sem licenciamento”. Para ir ás principais atrações de Bonito, como o Abismo Anhumas – a maior caverna submersa do mundo -, á famosa gruta do Lago Azul e ás flutuações e os mergulhos no Rio Formoso e da Prata, é preciso comprar um voucher. “Com ele a arrecadação é dividida entre os gestores envolvidos e há um controle absoluto sobre quantas pessoas estão fazendo os tours”, diz Lucia Egydio, bióloga e especialista em ecoturismo.

Bonito ainda conta com 120 guias profissionais, além de uma equipe de geólogos e biólogos que trabalha para monitorar o impacto que a visitação causa no meio ambiente.