PMA prende e autua fazendeira em R$ 91,8 mil por exploração ilegal de madeira em BONITO
Policiais Militares Ambientais de Bonito (MS) autuaram na última segunda feira (28) uma fazendeira por extração de madeira de lei sem autorização do órgão ambiental, por uso ilegal de motosserra e por criar gado, adentrando área de Preservação Permanente (matas ciliares de córrego).
Na fazenda, localizada à margem da rodovia MS 345, a PMA encontrou 60 árvores da espécie aroeira (protegida por lei) e 20 das espécies ipê, peroba e angico, derrubadas com uso de trator para a exploração da madeira. Todas as árvores ainda foram retiradas das matas ciliares (Área de Preservação Permanente) do córrego que corta a propriedade.
Era utilizada ainda um motosserra sem documentação na exploração, que foi apreendido. Foram apreendidas ainda 100 estacas de aroeira e toda a madeira proveniente das árvores derrubadas na exploração ilegal, além do trator utilizado nas atividades. Parte da madeira estava sendo utilizada para a construção de barracões.
Na propriedade, a PMA também verificou que o gado utilizava diretamente as águas de um córrego, para a dessedentação, causando degradação das matas ciliares, no mesmo local da derrubada das árvores, o que estava causando destruição das margens e assoreamento do curso d’água. A lei não permite este tipo de uso, tendo em vista que as matas ciliares dos cursos d’água são consideradas áreas de preservação permanente (APP).
A proprietária rural, de 56 anos, residente na fazenda, recebeu voz de prisão e foi conduzida à delegacia de Polícia Civil de Bonito, onde ela foi autuada em flagrante por exploração de madeira em área de preservação permanente e saiu depois de pagar fiança.
Ela responderá por três crimes ambientais: pela destruição das matas ciliares com a criação do gado e derrubada da madeira no local, a pena é de um a três anos de detenção. Pela exploração da madeira protegida (aroeira), a pena é de um a dois anos de reclusão e, pelo uso de motosserra ilegal, a pena é de três meses a um ano de detenção. Ela também foi autuada administrativamente e foi multada em R$ 91.800,00.