esta segunda-feira (29), um novo assunto polêmico “quebrou” a Internet, ou seja, movimentou as redes sociais. Trata-se da crônica produzida pelo apresentador Zeca Camargo – exibida sábado (27) pela Globo News no Jornal das Dez – acerca da comoção do país e da exploração televisiva no que tange à morte trágica do cantor sertanejo Cristiano Araújo, ocorrida no último dia 24.

De fato, os programas e telejornais televisivos destinaram bastante tempo à fatalidade de Cristiano Araújo. Indiscutivelmente, por audiência. A título de exemplo, a morte do sertanejo teve mais espaço na televisão brasileira do que a morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, em levantamento feito pela revista Veja.

Após ter visto e revisto a crônica de Zeca, compreendo e concordo com muita coisa que foi dita. Todavia, algumas falas, do tipo “O cantor talvez tenha morrido cedo demais para provar que tinha potencial”, foram mal empregadas pelo global. Fato este que, acredito, gerou toda a revolta dos internautas e/ou fãs, assim como dos músicos colegas de Araújo. Era evidente o potencial do cantor de Goiás.

Na crônica, Zeca afirma ainda, em outras palavras, que o Brasil tem ídolos na música, porém, acredita que não existe tanto coletivismo e união em torno desses, como se viu com a morte de Cristiano Araújo. Para mim, o Brasil mostrou mais uma vez que sabe, independentemente de gênero ou “importância” musical, reconhecer o talento de um profissional e o caráter de uma pessoa – neste caso, na despedida.

Grande parte das pessoas poderia não conhecer Cristiano Araújo ou saber quais eram suas músicas. Entretanto, com a ampla cobertura da imprensa, o país teve a oportunidade – infelizmente, depois da morte do cantor – de conhecê-lo, seja como pessoa ou profissional. A partir disso, houve a grande e merecida comoção.

Veja o vídeo da crônica de Zeca Camargo clicando aqui e tire suas próprias conclusões.