A partir da próxima quarta-feira (27), 20 mil professores e 6,2 mil profissionais administrativos da educação entrarão em greve na Rede Estadual de ensino de Mato Grosso do Sul, deixando 270 mil alunos de 362 escolas sem aula por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada no início da tarde desta sexta-feira (22), na sede da Federação dos Profissionais de Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems). Estiveram presentes representantes dos 79 municípios do Estado, sendo que entre 15% e 20% se manifestaram contrários à paralisação.

A categoria está negociando com o governo do Estado desde o início do ano pelo cumprimento de Lei Estadual aprovada no fim do ano passado, que prevê a integralização do piso dos professores.

O presidente da Fetems, Roberto Botarelli, informou que, hoje, um professor que cumpre jornada de 20 horas, tem remuneração inicial de R$ 1.331 e que o ideal seria R$ 1.917, conforme o piso nacional. Para isso, precisaria do reajuste de 10,92% exigido pelos profissionais, mas o governo propôs apenas 4,37%. “Estamos abertos ao diálogo, mas como não apresentaram proposta. Tudo tem limite. Ninguém gosta de fazer greve. Não tem prazo para acabar, todo mundo acaba prejudicado”, disse Botarelli.

ADMINISTRATIVOS

De acordo com o SINTEDE, na capital são 1.300 funcionários administrativos distribuídos em 76 escolas.

Na pauta, os encaminhamentos da categoria, após as negociações salariais com o governo do estado não avançaram. A administração estadual, propôs índice zero de reajuste, alegando queda na arrecadação e que os servidores receberam o reajuste antecipado no mês de dezembro, quando a categoria recebeu 11% de reposição. 

Eles reivindicam também o adiantamento da data base dos administrativos para janeiro.