MSN | 28 de janeiro de 2015 - 10:19 O RETORNO DO SPIDER

Polêmicas, maconha e brigas; conheça Nick Diaz, o adversário de Anderson Silva

FOTO: REPRODUÇÃO
O retorno de Anderson Silva ao octógono, após mais de um ano longe do ofício, por si só já geraria visibilidade suficiente para dar inveja a muitos cards do UFC. No entanto, do outro lado do cage estará um personagem à altura para dar o enredo que os fãs merecem à noite do próximo sábado (31). Polêmico, brigador, falastrão e muitos outros adjetivos mais, Nick Diaz parece carregar muito mais do que os 36 combates como profissional de MMA e os jovens 31 anos de idade.
 
Confira a seguir um raio-X sobre o americano que vai ajudar a entender o porquê ele foi escolhido a dedo para encarar o Spider.
 
Indo direto ao assunto, o uso de maconha é o tema que sempre acompanhará a carreira de Nick Diaz e pelo qual ele constantemente será lembrado e indagado. Flagrado positivo em duas oportunidades em testes antidoping após as lutas, o americano chegou a ter a vitória sobre Takanori Gomi anulada e seu contrato com o Pride revogado. Na segunda vez, já no UFC, o americano recebeu suspensão que o impediu de fazer a revanche contra Carlos Condit. Depois do ocorrido, ele teria regularizado o consumo junto ao Estado da Califórnia e garantido que o faria em tempo hábil para limpar seu corpo até o momento do combate.
 
Conhecido por protagonizar inúmeras polêmicas e por não fazer esforço para fugir delas, Nick Diaz coleciona histórias de desrespeitos e furos com diversas organizações. Em certa vez, após faltar em compromissos para divulgação de um combate (que valia o cinturão do UFC, diga-se de passagem), o americano foi cortado do card. Em outra, quando se preparava para encarar Georges St-Pierre, não apareceu ao treino aberto e, no dia seguinte, se limitou a dizer que precisava dormir.
 
Falando em GSP, o canadense foi um que sofreu na mão de Diaz. Literalmente perseguido pelo americano, o ex-campeão foi xingado, empurrado e ameaçado em diversas oportunidades. Em uma delas, nos bastidores de um evento, ainda no hotel, chegou a quase as vias de fato, fato que foi impedido pelo staff do UFC que precisou intervir e segurar os competidores.
 
Diaz sempre procurou confusão, e quando ela apareceu à sua porta não precisou de muito tempo para que o de pior acontecesse. Em 2010, o americano acompanhou o parceiro de treino em uma bem-sucedida defesa de cinturão do antigo Strikeforce. Após o combate, Jason Miller entrou no cage para desafiar o campeão. Mas, claro, Diaz tomou as dores e deferiu o soco inicial de uma tremenda confusão que envolveu cerca de dez pessoas.
 
Apesar de apenas 31 anos, Nick Diaz já se aposentou em duas oportunidades. Claro, nenhuma delas foi levada muito a sério, mas o fato é que o americano já provou estar sem paciência para todo o mercado do MMA moderno, que inclui promoções dos combates, sessões de autógrafos e duelos muitas vezes entediantes e mais estratégicos do que impactantes. Por isso, ao ser derrotado por Carlos Condit e por GSP, ele declarou pendurar as luvas. Mas, após mais de um ano parado, lá está ele de volta.
 
Em 2012, quando estava escalado para enfrentar Braulio Estima em um torneio de submission, o polêmico lutador deu para trás e não apareceu. Irritado com o cano que levou, o brasileiro reclamou, xingou e desafiou, mas Diaz se limitou a acusar o evento de não cumprir o prometido e voltou para casa.
 
Dessa, pouca gente sabe, mas Nick Diaz já disputou uma luta profissional de boxe. Em 2005, o americano venceu Alfredo Rocha por decisão unânime após quatro rounds disputados no Estado da Califórnia.
 
Com quase 40 confrontos profissionais de MMA na bagagem, Diaz se deu ao luxo de passar três vezes pelo UFC (além de levar um cartão vermelho do Pride). Em uma dessas trocas, ele simplesmente disse não a uma possível renovação contratual e assinou com o Gracie Fighting Championship, torneio que acabou não saindo do papel devido à falta de patrocínios.
 
Precoce, Diaz estreou no MMA em 2001, aos 18 anos, com uma vitória por finalização sobre Mike Wick no primeiro round e já em sua segunda apresentação levou para casa o cinturão dos meio-médios (77 kg) do International Fighting Championship, quando venceu por decisão dividida Chris Lytle.
 
Por fim, merece o destaque que, ao vencer Takanori Gomi em sua única luta no Pride, Diaz assinou o triunfo com uma gogoplata, se tornando o segundo homem no planeta a usar a finalização criada pelo brasileiro Antônio ‘Nino’ Elvis no MMA.