As constantes quedas do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e os repasses do ICMS estão deixando os prefeitos em estado de alerta em Mato Grosso do Sul, onde boa parte dos municípios opera no vermelho.

A receita dos municípios encolheu em quase 20% em setembro em relação ao mês anterior, conforme a STN (Secretaria do Tesouro Nacional).

Com uma queda de repasses estimadas em mais de R$ 2 Milhões, computados até o mês de setembro do corrente ano, o Prefeito Municipal de Bonito, Leleco Brito (PT do B), determinou imediatamente um corte nos gastos públicos, medida já adotada por muitas prefeituras do estado.

A contenção de despesas, bem como a redução do custeio da máquina pública, através de algumas medidas como, mudança no horário de funcionamento da prefeitura, a suspensão imediata do pagamento de diárias de deslocamento e alimentação, o pagamento de horas-extras, e até um estudo sobre a possível redução no quadro de funcionários, são algumas medidas que já estão sendo adotas para tentar amenizar a crise econômica que os municípios estão enfrentando.

Para o secretário de Administração e Finanças, Hallem Jaser, objetivo das medidas duras são para conter gastos, para evitar mais endividamento e diminuir os impactos nos serviços básicos à população, como saúde, educação, transporte e segurança.

Os repasses do governo federal nos últimos meses do ano não tem acompanhado o crescimento das despesas nas administrações municipais e os prefeitos se veem numa situação financeira cada vez pior.