France Presse | 6 de maio de 2011 - 09:35

Al Qaeda planejava atacar trens nos EUA no aniversário do 11/9

A rede terrorista Al Qaeda planejava realizar ataques contra trens nos Estados Unidos por ocasião do 10º aniversário dos atentados do 11 de Setembro, informou nesta quinta-feira o departamento americano de Segurança Interna, quatro dias após a morte de Osama Bin Laden, líder da rede.

"O departamento de Segurança Interna divulgou um boletim nesta quinta-feira para as agências federais" e as polícias dos Estados e Condados "advertindo sobre possíveis planos da Al Qaeda (...) para atacar o setor ferroviário americano", disse o porta-voz Matt Chandler.

"Em fevereiro de 2010, a Al Qaeda planejava operações terroristas contra trens em regiões não especificadas dos Estados Unidos por ocasião do 10º aniversário do 11 de setembro de 2001", afirmou Chandler.

Segundo o porta-voz, a informação procede do material capturado na operação de domingo passado, no Paquistão, que levou à morte de Bin Laden.

"Já havia um certo nível de planejamento, mas não havia informação sobre possíveis locais ou alvos específicos", destaca o boletim. A Al Qaeda "tentaria tombar um trem através de sabotagem dos trilhos, fazendo-o despencar de uma ponte ou cair num vale".

O departamento de Segurança Interna explicou que a Al Qaeda já havia, inclusive, apurado informações sobre os novos sistemas de trens de carga nos Estados Unidos, nos quais as novas tecnologias tornam mais difícil fazê-los sair do trilho.

A Administração de Segurança do Tranporte (TSA, na sigla em inglês) irá fazer um alerta formal às companhias ferroviárias em breve.

Autoridades já se preocupam há algum tempo com um ataque contra o sistema ferroviário dos EUA. Em 2008, foi feito um alerta para o risco de um ataque da Al Qaeda contra o sistema de transportes de Nova York durante o feriado de Ação de Graças.

No ano passado, um imigrante afegão declarou-se culpado de planejar uma ação suicida contra o metrô de Manhattan, em um atentado que autoridades americanas descreveram como a "mais séria ameaça" desde os ataques de 11 de Setembro.