O uso de anabolizantes é apontado pela família de Aparecido da Silva, de 52 anos, conhecido como ‘Chulapa’, como o agravante para a sua morte, ocorrida nesta semana em Itapeva (SP). Aparecido foi enterrado em Sorocaba, na manhã de terça-feira (29), no Cemitério da Consolação. Segundo a irmã de Chulapa, Helena Maria da Silva Corrales, o laudo da morte aponta como causas infecção urinária, diabetes e infecção generalizada.

Ex-proprietário de uma academia de musculação em Sorocaba (SP), ‘Chulapa’ ficou preso de 2008 até fevereiro deste ano por aplicar drogas que estimulam o crescimento muscular em alunos. 

Em fevereiro deste ano, Chulapa ganhou a liberdade e, de acordo com a irmã, ele voltou a voltar os anabolizantes depois da prisão.

“A gente pedia sempre para que ele parasse de tomar essas coisas. Ele sempre negava, mas a gente dizia que era mentira. Ele tinha convulsões”, lembra Helena.

O hormônio era do tipo utilizado para aplicação em cavalos. Na academia, também foram encontrados frascos de anabolizantes. Conforme a polícia, Chulapa ficou na cadeia por um ano e retornou em 2009 quando teve a prisão decretada pela Justiça.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, em 2008, os investigadores gravaram o momento em que Chulapa aplicava as injeções. A intenção era obter resultados mais rápidos e com menos esforço físico.

A morte do empresário reacende o debate sobre o uso de anabolizantes e o endocrinologista Lucas Tadeu Moura alerta sobre o uso deste tipo de substância. “O uso abusivo traz sérias consequências, como alteração nas funções do fígado, na pressão arterial, colesterol, podendo chegar até a impotência”, explica. Nas mulheres, os anabolizantes podem causar calvície, excesso de pelos e alteração na voz.