Folha.com | 20 de abril de 2011 - 12:45

Com tudo a favor Santos tenta hoje classificação para a próxima fase da Libertadores

Neste início de temporada, o Santos já trocou de técnico duas vezes, deparou-se com lesões de seus principais jogadores, sofreu com suspensões e polêmicas extracampo e esteve próximo de ser eliminado da Libertadores.

Vitória simples coloca o Santos no mata-mata da Libertadores, independentemente de outro resultado. Se vencer, e Colo Colo e Cerro Porteño empatarem, o time se torna líder de seu grupo.

Até uma igualdade pode servir à equipe de Muricy Ramalho, desde que os paraguaios vençam os chilenos.

A gama de possibilidades surgiu graças à vitória sobre o Cerro por 2 a 1, semana passada, em Assunção, onde o time chegou com a corda no pescoço, tinha que ganhar para não ser eliminado.

Sem Neymar, Elano e Zé Love, suspensos, e em meio aos rumores da ida de Paulo Henrique Ganso para o Corinthians, a equipe superou os anfitriões. Foi o ponto de virada da sorte santista.

Na última rodada desta fase e contra o time mais frágil do grupo, o Santos terá, pela primeira vez na temporada, todos os principais jogadores à disposição de Muricy, algo com que os antecessores Adilson Batista e Marcelo Martelotte só sonharam.

A fartura de opções fez o treinador, conhecido pela montagem de times fortes na defesa, escalar para esta quarta uma equipe sem um volante de marcação tradicional.

Adriano, que fez a função até aqui, ficará no banco para o retorno de Elano. Arouca, que se destaca pela saída de bola, recuará para dar o último combate no meio.

"Isso é legal, poder reunir todos os bons jogadores. Temos que ficar contentes e aproveitar", disse Muricy.

O técnico, porém, espera que seus titulares não se acomodem com a posição. "No meu time, não tem cadeira cativa. Se um cara estiver bem e outro mal, vou trocar."

Muricy voltou a pedir calma a seus atletas hoje. Na memória de Muricy, continua viva a expulsão de três jogadores ante o Colo Colo e o sufoco que se deu no final daquele jogo (vitória por 3 a 2).

"Aquilo foi um absurdo", disse. "O Santos não é time de guerra. Nós orientamos sobre o que eles podem encontrar, mas sem revidar."