Portal R7 | 23 de outubro de 2013 - 09:25 Rei do Futebol

Pelé completa 73 anos nesta quarta, veja por que o Rei nunca será alcançado

Foto: Arquivo/Gazeta Press

Edson Arantes do Nascimento completa 73 anos nesta quarta-feira (23) e segue inabalável no posto de maior jogador de futebol de todos os tempos. Ao longo de mais de 20 anos de carreira, o Rei Pelé atingiu um número de gols, títulos e feitos históricos que dificilmente serão igualados. 

Relembre a trajetória e os recordes de Pelé

Dentre os principais feitos de seus 21 anos de carreira, o Rei do Futebol marcou 1283 gols, conquistou três Copas do Mundo pela seleção brasileira e dois Mundiais pelo Santos. No entanto, não é justo resumir a importância de Pelé apenas à frieza de suas praticamente imbatíveis estatísticas.

Nascido na cidade mineira de Três Corações, Pelé se mudou com cinco anos para a cidade de Bauru, no interior de São Paulo. Destaque do "Baquinho", o Bauru Atlético Clube, o filho de Seu Dondinho foi levado pelo ex-jogador Waldemar de Brito para Santos e estreou na equipe da Vila Belmiro com apenas 15 anos (foi superado apenas pelo seu eterno parceiro Coutinho, que debutou com 14 anos).

Desde jovem, Pelé passou a utilizar a camisa 10 e foi o responsável por popularizar o número dos grandes craques. Suas incríveis atuações logo despertaram o interesse da seleção brasileira e, aos 17 anos, o jovem talento foi convocado por Vicente Feola para a Copa de 1958, na Suécia.

Caçula da equipe, Pelé cruzou o Atlântico com o objetivo de vingar o pai Dondinho pela traumática derrota na Copa de 1950, no Maracanã. E o jovem não só cumpriu a promessa, como foi o principal destaque do primeiro título mundial do Brasil.

Na Copa da Suécia, Pelé marcou seis gols, sendo três deles na semifinal contra a França do craque Just Fontaine e dois na final contra os donos da casa. No lance mais belo da decisão, o brasileiro aplicou um chapéu no zagueiro sueco e bateu de primeira para colocar a primeira estrela na camisa canarinho.

Entre os anos de 1956 e 1974, Pelé elevou o Santos ao posto de clube mais vitorioso do País. Pelo clube praiano, o Rei conquistou dez Campeonatos Paulistas, seis Brasileiros, duas Libertadores e dois Mundiais de Clubes.

Pela seleção brasileira, os números do Rei também são insuperáveis: tricampeão mundial (1958, 1962 e 1970), Pelé se machucou nas Copas do Chile e da Inglaterra, mas chegou à consagração total no México. Eleito o melhor jogador da Copa de 70, Pelé comandou a equipe na goleada por 4 a 1 sobre a Itália que valeu a posse definitiva da taça Jules Rimet.  Ao todo, o craque marcou 95 gols em 115 partidas com a amarelinha — quem chegou mais perto foi Ronaldo Fenômeno, com 62 gols .

Mesmo em uma época em que não eram comuns as transferências para o exterior, Pelé recebeu propostas das maiores potências do futebol europeu, mas optou por permanecer no Peixe. Ainda assim, o camisa 10 atingiu o estrelato mundial. A fama e o talento do Rei foram capazes até de paralisar uma guerra: em 1969, durante uma das diversas excursões internacionais do Santos, o governo do Zaire (atual República Democrática do Congo) decretou trégua nos conflitos étnicos para receber a equipe de Pelé.

Além de todos os seus recordes e títulos, Pelé foi, indiscutivelmente, o jogador mais completo a pisar em um gramado de futebol. Tecnicamente perfeito em todos os fundamentos, o craque brasileiro assombrou o planeta com finalizações de pé direito, esquerdo e também de cabeça. Veloz, habilidoso e forte, Pelé também era capaz de armar o jogo e servir os companheiros, graças a sua incrível visão de jogo.

Dentre seus principais prêmios individuais, destaca-se o título de Atleta do Século, concedido pela revista francesa L'Équipe, em 1981 (foto) e de Melhor Jogador do Século da FIFA, entregue em 2001.