As duas últimas gerações de astros da Vila Belmiro estarão em campo no San Siro a partir das 16h45 desta terça-feira. Com o Barcelona, Neymar vai até a Itália para desafiar o Milan do ídolo Robinho. Será mais uma chance para o atual camisa 10 da seleção brasileira provar que pode construir um caminho completamente diferente do traçado pelo ex-companheiro.

Robinho chegou à Europa depois de muita polêmica. O Real Madrid desembolsou a bagatela de 30 milhões de dólares na época para enfim conseguir tirar a grande revelação da Vila Belmiro. A expectativa era de que ele estourasse rapidamente e se tornasse o melhor jogador do mundo. Isso, porém, nunca se concretizou.

O atacante teve paciência e aceitou ficar no banco no começo. Na segunda temporada, chegou a despontar. Com a camisa 10 da equipe, ajudou bastante na conquista do bicampeonato espanhol. Quando tentou ser protagonista da equipe, porém, acabou entrando em conflito com o técnico Bernard Schuster. Chegou a convocar uma entrevista coletiva para manifestar o desejo de sair do time e ir para o Chelsea.

A transferência para os Blues não se concretizou, e Robinho acabou acertando com o recente milionário Manchester City, que desembolsou na menos de 40 milhões de euros para contratá-lo. Na Inglaterra, porém, o brilho voltou a ser pequeno. Depois de três temporadas frustrantes, chegou até a ser emprestado por seis meses ao Santos em 2010 para que pudesse seguir jogando e ser convocado para a Copa do Mundo.

Na Vila, teve um papel fundamental. Além de ajudar dentro de campo na equipe que conquistou o país e foi campeã da Copa do Brasil, Robinho exerceu o papel de conselheiro do então ascendente Neymar. Já considerado como a nova ‘joia' do Santos, ele tinha o então companheiro como um ídolo e aproveitou para ouvir vários conselhos.

Robinho ainda teve mais uma chance na Europa. Com a camisa do Milan, porém, nunca foi o protagonista que se esperava dele no início da carreira. Nesta terça, por exemplo, ele só deve ser titular graças aos desfalques da equipe, que não poderá contar com El Shaarawy e Niang.

Oito anos depois, Neymar começa a trilhar o mesmo caminho de Robinho. A expectativa de se transformar no principal jogador do mundo é a mesma. E, ao menos até agora, o começo é convincente. Em 12 jogos, marcou três gols e ganhou muitos elogios pelo estilo de jogo. A missão agora é manter o bom ritmo. Algo que o ex-companheiro nunca conseguiu.