10 de setembro de 2013 - 11:32

Turismo se mobiliza contra a exploração sexual de crianças

As estratégias para enfrentar a prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo foram debatidas no último sábado (7) na 41º edição da Feira de Turismo das Américas, em São Paulo.

O coordenador geral de Turismo Sustentável e Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto, falou sobre a importância de um canal direto de comunicação entre a sociedade e o poder público, o disque 100, que atende e encaminha denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes.

“Pretendo sensibilizar e estimular representantes do turismo a enfrentar crimes como estes”, disse o coordenador. Para isso, é necessário mobilizar toda a cadeia do turismo, especialmente aqueles que estão em contato direto com os turistas, como taxistas, recepcionistas de hotéis, garçons e agentes de viagem.

No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes ocorre principalmente em regiões litorâneas, em fronteiras estaduais e internacionais. A criança explorada em geral é pobre e tem baixa escolaridade, e pode ser conduzida à prostituição pelos próprios parentes, em busca de melhores condições de vida. O explorador costuma ser do sexo masculino, tem entre 20 e 40 anos e viaja sozinho ou na companhia de outros homens.

No ano passado, foram registradas 18,3 mil denúncias no país, e, em 2011, 10,2 mil denúncias. O estado que apresentou o maior número de denúncias foi o Rio de Janeiro (1951), seguido pela Bahia (1942) e por São Paulo (1826). Os dados são da Secretaria de Direitos Humanos.