Veja | 30 de agosto de 2013 - 14:30

Jade e Cacau: as heroínas de quatro patas na tragédia de São Mateus - SP

Reprodução/Veja

Logo após a retirada do décimo corpo dos escombros do prédio que desabou nesta terça-feira, na Zona Leste de São Paulo, Cacau, a cadela da raça labrador de um ano e meio de idade, teve seu momento de fama. Pela coleira, o cabo do Corpo de Bombeiros Gabriel Seuma a conduziu por uma fila de moradores que fizeram questão de agradecer aos bombeiros pela dedicação às 40 horas de trabalho ininterruptas em meio à tragédia resultante de uma obra irregular. “Para ela, isso tudo é uma grande brincadeira”, disse Seuma, enquanto Cacau recebia carinhos de todos os lados e era alvo de cliques feitos por câmeras de celular. O momento emocionante marcou, nesta quinta-feira, o encerramento das buscas do Corpo de Bombeiros por mortos e sobreviventes na tragédia que deixou dez mortos e mais de vinte pessoas feridas.

Cacau é um dos sete cães farejadores de salvamento do Corpo de Bombeiros que atuaram no desabamento. A cadela estreante trabalhou em parceria com uma veterana em missões de resgate, a pastor belga malinois Jade, de cinco anos, que já colocou o focinho apurado em ação para buscar vítimas no deslizamento de terra provocado pelas chuvas em Santa Catarina, em 2008, e no desabamento do teto da Igreja Universal, em Osasco, em 2009, entre outras ocorrências.

Juntas, Cacau e Jade formaram com Beck, pastora belga mallinois de três anos, o trio de cães responsável por localizar cinco das vítimas mortas no soterramento de São Mateus. Completavam o time de salvadores caninos os labradores Gugol, Milka e Hanna e o pastor belga mallinois Vasty. Com audição e faro apuradíssimos, os animais conseguiam localizar as vítimas soterradas nos locais de mais difícil acesso.