Notícias.MS | 2 de agosto de 2013 - 06:55 BONITO - MS - MUITA ARTE NO PAVILHÃO DO FEST

Pavilhão das Artes integra artesãos de todo canto do Brasil no Festival de Inverno em Bo

O Pavilhão das Artes recebe desde a noite de quarta-feira (31) o público do Festival que quer conhecer – e

O Pavilhão das Artes recebe desde a noite de quarta-feira (31) o público do Festival que quer conhecer – e comprar – peças produzidas por mãos hábeis e mentes criativas. Espaço dedicado ao artesanato feito das mais diversas formas, o pavilhão é um lugar de integração entre artesãos de Bonito, de outros cantos de Mato Grosso do Sul e de diversos lugares do Brasil.

Para decorar o quarto, a sala, a varanda? Tem muita coisa. Peças funcionais – como um calendário, um relógio de parede, um cabideiro – bem originais, que só você tem e vai fazer sucesso entre os amigos? Também tem. Bijuterias? Aos montes. E outras lindas produções que parecem ter sido feitas especialmente para saírem de Bonito embaladas como presente.

Também tem novidades que a cada ano chegam em diferentes propostas, e sucessos de público que retornam para atender o gosto dos visitantes do Festival. Direto do Espírito Santo, do bairro de Goiabeiras – que abriga a produção das legítimas panelas de barro capixabas – dona Lucilina Lucidato de Carvalho veio pela primeira vez. As famosas panelas já foram sucesso de vendas entre o público do Festival nas duas outras edições, mas a “mestra”, como ela faz questão de definir seu trabalho, está conhecendo Mato Grosso do Sul. E, apesar da longa viagem e de ter sido pega de surpresa pelo frio, diz que valeu a pena. A produção da paneleira está à mostra e à venda no estande dedicado ao Espírito Santo, junto a dezenas de outras peças de artesãos daquele Estado.

“Eu faço panela de barro praticamente desde que nasci. Sou da quarta geração de paneleiras. Minha bisavó fazia panelas, minha avó, minha mãe. Filha de paneleira já nasce fazendo. Quando a gente é pequena, faz as panelas pequenininhas”, conta, entusiasmada. No estande, no momento da venda, a mestra ensina ao comprador o uso correto do utensílio: “tem que esquentar, colocar duas colheres de óleo só no meio, e depois untar”. Aí, é utilizar, sem medo. As panelas originais, ela garante, não racham como outras, que são feitas de forma diferente da tradição original ou com barro que não o especial só existente naquele lugar.

Minas Gerais é outro Estado que mandou para Bonito uma mostra do talento de seus artesãos. Com ateliê em sua cidade Natal, Soledade de Minas, Marcelo Simões produz em madeira jogos e brinquedos educativos que despertam a curiosidade de crianças e adultos. São peças que fazem esquecer a tecnologia de tablets e celulares para pôr graça em jogos de manuseio e de estímulo ao raciocínio. “E uma das coisas interessantes é que é madeira ecológica, é tudo feito com painel de teca, que é produzido a partir de madeira de poda de árvores”, destaca o artista.

Pela primeira vez no Festival de Inverno de Bonito, o artesão mineiro se anima com a oportunidade de interagir com representantes de diversos lugares. “São muitos contatos que fazemos. Vim de uma exposição em Recife onde fechei com três clientes, e aqui mesmo em Bonito já tem um lojista que vem para conhecer o trabalho”, conta.