Reuters | 12 de junho de 2013 - 08:45

Copa das Confederações é teste dentro e fora de campo para Brasil

A Copa das Confederações, que acontecerá de 15 a 30 junho, é muito mais do que um ensaio geral para a Copa do Mundo de 2014, uma vez que os preparativos do Brasil para o evento tiveram obstáculos e atrasos.

Polêmicas envolvendo o governo, a Fifa, os órgãos esportivos locais, as construtoras, e até os políticos têm atrapalhado a preparação brasileira. Candidato único, o país foi anunciado pela Fifa como sede da Copa do Mundo em outubro de 2007.

No entanto, dos seis estádios da Copa das Confederações, apenas Fortaleza e Belo Horizonte cumpriram o prazo de conclusão, até dezembro de 2012. As outras arenas --Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador-- sofreram atrasos e algumas só foram testadas de forma oficial a menos de um mês do início da competição.

A Copa das Confederações, que acontece um ano antes de a bola rolar no Mundial, vai definir, provavelmente mais fora do que dentro de campo, o quão preparado o país está para o grande evento.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que há 15 meses havia dito que os organizadores "precisavam de um chute traseiro" porque o progresso das obras era muito lento, agora tem adotado um tom mais otimista em suas declarações. A frase do dirigente causou mal-estar no governo brasileiro e provocou um pedido de desculpas.

Em seu mais recente artigo no site da Fifa (www.fifa.com), Valcke elogia os "modernos e funcionais estádios de futebol" que o Brasil está construindo, e enfatiza uma mudança vital a ser vivida pelos brasileiros durante a Copa das Confederações.

"(O torneio) oferecerá aos brasileiros uma experiência completamente nova nos estádios, e entendemos que, para muitos torcedores, é incomum ter uma cadeira numerada nas arquibancadas."

"No entanto, isto é muito importante por razões de segurança, mas também pelo conforto do público."