Seja passando por feiras culturais, parques ou até mesmo estradas, Alberto Tomielis e Beibek sempre estão juntos de bicicleta. Lidando com um quadro depressivo há 20 anos, o mecânico começou a pedalar por recomendação médica e, agora, o novo desafio é ir até Bonito com a cachorrinha ao seu lado.
Há um ano e sete meses, Alberto saiu de casa para comprar o meio de transporte e explica que já sonhava há muito tempo em se tornar ciclista. “Tenho o quadro depressivo e aprendi a conviver com a doença, mas precisando também mudar a alimentação e praticando esportes. Foi assim que a bicicleta entrou de vez”.
No dia da compra, a maior preocupação não era consigo mesmo, mas sim com a companheira de passeios. “Fiquei pensando em como incluir ela no ciclismo. Quando peguei a bike, vi o cestinho e pensei que seria legal. Corri em casa, peguei ela para testar e, como marcava um peso que seria suficiente para ela, pedi para instalar”, diz.
Passeios iniciais foram feitos dentro do perímetro da cidade. (Foto: Arquivo pessoal)
Enquanto passam pelos locais, é difícil não chamar atenção de outras pessoas. (Foto: Arquivo pessoal)
Chegando em casa, preocupado sobre como seria a adaptação da cachorrinha, Alberto brinca que até se assustou. Longe de estranhar o passeio, Beibek se sentiu confortável, “como se ela já soubesse ser ciclista desde sempre”.
Para melhorar o conforto, Alberto reforçou o cestinho com uma espuma e, desde então, os passeios só aumentam. No início, as saídas de casa eram menores, como o mecânico narra.
“Nós fazíamos apenas passeios urbanos mais tranquilos, depois fomos também para a área rural e começamos a fazer Terenos, Rochedinho, sempre conhecendo tudo com a Beibek”, comenta Alberto.
Agora, o novo desafio é pegar a rota até Bonito e, claro, sem deixar a cachorrinha de fora. “Como é um trajeto longo, minha esposa vai acompanhando com o carro. Então, a Beibek vai indo parte na bicicleta comigo e parte no carro, revezando”.
Entre os cuidados necessários para manter o conforto da companheira, o mecânico explica que decidiu comprar um óculos, capacete e inserir algodões nos ouvidos durante os passeios. “Ela é bastante sensível com os ouvidos e os olhos não podem receber poeira, então existem esses cuidados”.
Acostumado a chamar atenção durante os trajetos, o mecânico explica que até convite para ir até uma escola já recebeu. “É muito interessante para mostrar que os animais precisam desse cuidado, desse amor. Muita gente não entende essa relação, mas é muito verdadeira”. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS