A escassez de água na cachoeira mais alta de Mato Grosso do Sul, chamou a atenção de quem foi até a Boca da Onça, em Bodoquena - distante 266 km de Campo Grande, nos últimos dias. As fotos foram compartilhadas nas redes sociais, mas especialista garante que a situação é normal.
O jornalista Edson Silva visitou a cachoeira de 156 metros, durante o feriado da semana passada e postou as fotos que fez em sua página no Facebook, onde questionou o que estaria acontecendo com o local, internacionalmente conhecido.
As fotos, segundo Edson, foram tiradas em uma Reserva do Patrimônio Natural Cara da Onça, localizada em frente à cachoeira Boca da Onça, na outra margem do Rio Salobra onde a cachoeira deságua. E durante uma semana foi observada o "desaparecimento" da água no local.
Vídeo (abaixo) gravado pelo jornalista em janeiro, mostra a água abundante na cachoeira. "O vídeo foi gravado em janeiro deste ano, e nessa época temos muita chuva. Normalmente não tem este volume de água, mas também não fica totalmente seca como presenciei na semana passada".
Apesar da seca, agências de turismo que comercializam o passeio afirmam que as vendas acotecem normalmente, independente do episódio.
Explicação - Porém, o biólogo e diretor-presidente da ONG Ecoa, André Luiz Siqueira explica que a situação é normal para a época. "Frequento a região há dez anos e entre setembro e outubro, no período de estiagem, essa situação acontece", diz ele, ao explicar que um pequeno córrego abastece a cachoeira.
Quando há escassez de chuva, o volume de água no córrego diminui não sendo suficiente para formar a cachoeira como se conhece. A situação é normalizada no fim do ano, na época de chuva e em janeiro ocorre o pico das cheias, inclusive nos rios da região.
André explica ainda que a região da Boca da Onça é extremamente preservada e explorada pelo ecoturismo, de forma consciente. No site da empresa que comercializa o passeio, existe uma explicação de que o "conjunto paisagístico é muito frágil e somente através da preservação ambiental terá sua continuidade garantida".
O alerta, de acordo com André, é para o assentamento Canaã, localizado abaixo da Boca da Onça, onde há ocupações irregulares. Por lá, assentados criam animais que têm acesso as margens do rio, comprometendo a preservação ambiental. Para ele, é importante que as autoridade orientem os pequenos produtores rurais para restaurar a área e conhecer a legislação vigente.
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