O representante da distribuidora de alimentos Salute, Érico Chezini Barreto, foi o primeiro a ser ouvido pela Comissão Processante da Câmara Municipal que investiga o prefeito deCampo Grande, Alcides Bernal (PP). Durante depoimento na manhã desta quarta-feira (13), Barreto negou irregularidades no contrato emergencial firmado com a prefeitura para o fornecimento de merenda escolar.
Em pouco menos de uma hora, o representante da Salute respondeu vários questionamentos feitos pelos vereadores que integram a comissão. Um deles foi sobre o fato da empresa ter começado a fornecer merenda no dia 21 de junho, sete dias antes do término do estoque informado pela prefeitura, e de ter recebido após o dia 28 de junho.
"As crianças nunca ficaram sem comida. Nunca faltou comida nas escolas", respondeu, sobre se a empresa iniciou o fornecimento sem receber. Ele completou dizendo que o recebimento ocorria após emissão da nota, em um prazo de 20 a 30 dias.
Barreto foi questionado sobre a diferença entre o valor da carne na tomada de preço e o preço que foi contratado. Além disso, os vereadores destacaram que o contrato, de R$ 4,3 milhões, tinha diferença superior de R$ 637 mil do valor colocado no menor preço.
“Não vejo irregularidade nos preços e coloquei os valores que poderia atender. Todos os pré-requisitos foram atendidos. Começamos o contato e terminamos o contrato”, declarou.
Durante o depoimento, o relator da Comissão Processante, vereador Flávio César (PTdoB), afirmou que ficou claro que não havia situação de calamidade que justificasse contratação emergencial da empresa.
Barreto negou ainda que a empresa foi criada apenas para atender a prefeitura de Campo Grande, mas admitiu que só atendeu a administração municipal até agora.