Os corpos das cinco pessoas mortas em acidente com monomotor, ontem no Pantanal, chegaram por volta das 16 horas deste domingo à Base Aérea de Campo Grande e seguiram para o IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal).
Um helicóptero do Esquadrão Pelicano trouxe as vítimas da região da Nhecolândia, onde a aeronave caiu na manhã de sábado. O avião foi localizado por outra aeronave civil às 17h10 de ontem, mas como não havia condições de visibilidade, as equipes só começaram o trabalho de resgate neste domingo.
“A informação era de que a aeronave estava completamente destruída, sem possibilidade de sobrevivente, por isso o trabalho ficou para hoje”, explica o tenente Luciano Rodrigues.
O local era de difícil acesso, em uma área alagada. Dois helicópteros e uma aeronave da FAB participaram das buscas que terminaram no fim da manhã.
Dois carros de funerárias da Capital foram acionados para levar os corpos até o IMOL, mas ainda não foram confirmados os locais dos velórios. O horário dependerá da liberação dos corpos. Parentes de Ricardo e Fernanda avisaram que, provavelmente, o sepultamento será no Parque das Primaveras.
O monomotor decolou no às 5h20 de sábado do aeroporto Teruel e deveria pousar às 8h na fazenda Gertrudez. Mas no mesmo horário o piloto e dono do avião, Ricardo Jardim Almeida, 48 anos, pediu socorro via rádio.
As 5 vítimas são Ricardo, a esposa Fernanda Braga dos Santos, a filha Valentine, a babá Micheli Dias e o gerente da fazenda da família, Rodinei Joca Monteiro.
Hector Lefevre Filho, 48 anos, é amigo de infância de Ricardo. Diz que ele pilotava há dois anos e era “bem sistemático”, por isso não acredita em erro humano ou falta de manutenção como causas do acidente.
Valentine completou 1 anos e Fernanda estava grávida, no terceiro mês de gestação. Na próxima semana, Ricardo e a esposa completariam 4 anos de casamento. Até setembro deste ano, ela trabalhava no setor de marketing do Grupo Plaenge. Segundo o amigo, Ricardo era pecuarista e dono de uma empresa de elevadores para deficientes físicos.