Um adesivo eletrônico da espessura de um fio de cabelo, que adere na pele como uma tatuagem temporária, poderá revolucionar procedimentos médicos, vídeo games e operações de espionagem, revelou um estudo publicado esta quinta-feira na revista Science.
"Nosso objetivo era desenvolver uma tecnologia eletrônica que pudesse se integrar à pele de uma forma que ficasse invisível mecânica e fisiologicamente para o usuário", acrescentou.
O adesivo poderá substituir os eletrodos usados para monitorar a atividade do cérebro, do coração e do tecido muscular e, quando colocado na garganta, permitiu aos usuários operar um video game acionado por voz com precisão superior a 90%.
"Este tipo de dispositivo poderá ser útil para aqueles que sofrem de algumas doenças de laringe", explicou. "Também poderá servir de base para a capacidade de comunicação subvocal, adequada para situações de camuflagem ou outros usos", acrescentou.
O dispositivo sem fio quase não tem peso e exige tão pouca energia para funcionar que pode se reabastecer sozinho usando coletores solares miniaturizados ou capturando radiação eletromagnética dispersa ou transmitida, acrescentou o estudo.
Com espessura inferior a 50 microns, um pouco mais fino do que o cabelo humano, o equipamento pode aderir à pele sem a necessidade de uso de cola.
"Forças denominadas 'van der Waals' dominam a aderência ao nível molecular, portanto as tatuagens eletrônicas aderem à pele sem qualquer cola e fica no lugar por horas", destacou o estudo.
O engenheiro Yonggang Huang, da Northwestern University, afirmou que o adesivo é "tão macio quanto a pele humana".