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Produtores de MS integram lavoura e pasto

20 Jul 2011 - 17h18Por O Estado de São Paulo

Milho safrinha por todo lado e, numa rua entre os talhões, uma máquina agrícola nova, recém-adquirida por R$ 400 mil. É um pulverizador de última geração. Há cinco anos, seria apenas sonho para um médio produtor. "Agora estou bem, com a redução contínua dos riscos da atividade", afirma o proprietário da Fazenda São Joaquim, em Maracaju (MS), Léo Renato Miranda. Ele ainda tem plano de instalar um sistema de irrigação por pivô central na propriedade de 1.200 hectares.

A melhoria das condições econômicas veio depois que ele deixou de plantar só soja e milho. "Em 1992 e 1993, a produtividade baixou muito", conta. "Colhia apenas 35 a 40 sacas por hectare e 50 de milho." Hoje, colhe 70 sacas de soja e 100 sacas de milho/hectare, em 950 hectares. "E mandamos para abate mil bovinos por ano."

Miranda faz parte de um contingente de quase 5 mil pequenos e médios agricultores de Mato Grosso do Sul que aderiram ao Programa de Integração Lavoura-Pecuária (ILP).

Conforme o agrônomo Dirceu Luiz Bruch, um dos profissionais responsáveis pelo programa, ânimo para aderir ao sistema não falta. E cita os números da Secretaria Estadual de Produção e Turismo de MS. "A cada mês, uma média de 70 agricultores adere ao programa."

Um dos mais recentes participantes é Alexandre Scaff Raffi, da Fazenda Boa Esperança, em Anastácio, município na borda do Pantanal. Na região predomina a pecuária de cria, recria e engorda. Em algumas fazendas, o teor de areia chega a quase 86%, fator que, com o novo sistema, não impede o desenvolvimento da agricultura, principalmente soja e milho.

Lotação. "Comecei há seis meses e já coloco três bois em 1 hectare, onde normalmente seria menos de um por hectare", diz. "Separei 100 hectares para a integração. É um pasto verdinho, dá dó em pensar que terei que derrubar tudo para produzir massa verde e fazer o plantio direto da soja, mas vamos fazer exatamente como mandam os técnicos", continua.

É uma das fases da integração. A primeira é a correção do solo com calcário, gesso e fósforo, após uma limpeza geral, com a retirada das raízes, por menores que sejam. Em seguida, passa-se a grade e depois semeia-se braquiária. Quando surge o pasto o gado entra, evitando, porém, o consumo das plantas até a raiz. É necessário, ainda, deixar o suficiente para a cobertura do solo, visando ao posterior plantio direto da soja. "Notei também que no pasto comum o gado engordava 300 gramas/dia. No espaço trabalhado, 500 gramas/dia."

Ciclo completo. O capim fica crescendo sob a lavoura. Após a colheita da soja ou milho, sobra o pasto para o gado. O ciclo completo da integração lavoura-pecuária é de quatro anos, desde a formação do primeiro pasto até a colheita da soja ou milho. Depois o processo retorna ao ponto inicial "É um processo onde a agricultura ampara a produção pecuária, e vice-versa, evitando prejuízos", diz o agrônomo Roney Pedrosa.

COMO FUNCIONA

O PASSO A PASSO DA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA

1 Correção do solo

Aplica-se calcário, gesso e fósforo, após uma limpeza da área, com retirada de raízes

2 Gradeação

A área é gradeada e em seguida semeia-se o pasto, normalmente braquiária

3 Introdução do gado

Quando o pasto se forma os animais entram, mas não devem comer o capim até o talo

4 Introdução de lavoura

Soja ou milho são cultivados sob a palha do pasto, que após a colheita viceja novamente

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