Os humanos não são os únicos seres que têm dentes que se perdem com o tempo, como é o caso dos dentes de leite, ou dentes decíduos. Primatas como chimpanzés também possuem a mesma característica de dentes distintos para dietas diferentes em variados estágios da vida.
Há três tipos básicos de dentes: incisivos, para morder e roer; caninos, para perfurar e agarrar, e molares e pré-molares, para triturar e mastigar.
Como todos os mamíferos, os primatas iniciam sua alimentação com leite --e por isso não precisam de dentes.
Conforme passam aos alimentos sólidos, surgem os dentes decíduos, que são gradualmente substituídos por uma variedade de dentes permanentes.
Segundo o livro "Primate Dentition: An Introduction to the Teeth of Nonhuman Primates" ("Dentição Primata: Uma Introdução aos Dentes de Primatas Não Humanos", em tradução livre), de Daris R. Swindler, entre todos os macacos, os orangotangos mostram a maior similaridade com os seres humanos em relação aos dentes decíduos.
A dentição primata foi estudada por dicas de desenvolvimento e evolução. Os tempos do surgimento e da perda de dentes de leite, por exemplo, são coordenados com o intervalo antes do desmame.
Em um outro estudo de 1989, em "The Journal of Human Evolution", descobriu-se que gorilas tinham um maior ritmo de desgaste nos dentes juvenis do que duas outras espécies de primatas, os orangotangos e chimpanzés.
Isso sugeriu aos pesquisadores que o desmame ocorria mais cedo entre gorilas, e possivelmente em espécies hominídeas que mostravam um padrão similar, com implicações em seu ritmo de reprodução.