Hoje, médicos de Capital vão se concentrar na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), do bairro Coronel Antonino, no período da manhã, para atender voluntariamente a população daquela região. A ação acontece em protesto às más condições do SUS, e está sendo realizada em todo país, no entanto, ao invés de paralisar os trabalhos como foi feito em outros estados, as entidades médicas do Mato Grosso do Sul, decidiram aumentar o efetivo de profissionais e oferecer atendimento digno aos usuários do Sistema Único de Saúde.
A iniciativa do protesto partiu do SinMed-MS (Sindicato dos Médicos), CRM-MS (Conselho Regional de Medicina) e AMMS (Associação Médica). Segundo o presidente do SinMed-MS, Marco Antonio Leite, a população e os profissionais sofrem diariamente com a precariedade do SUS, e um dos principais motivos desta situação é a falta de médicos. “Os baixos salários desestimulam o trabalho na rede pública. A maioria prefere abrir consultórios e atender particular, do que passar por desgastes físicos e mentais e ainda ser mal remunerado por isso”, revela o presidente.
Marco explica que a manifestação acontecerá em todo país, mas cada estado vai atuar de forma diferente. “Nossa luta é pela valorização do médico, mais recursos para a saúde, melhores condições de trabalho, carreira de estado para o médico, mais qualidade na gestão do SUS, PCCV para o SUS, e qualidade no atendimento à população. Quando estes itens forem resolvidos certamente os problemas do Sistema Único de Saúde serão sanados”, resume.