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Insatisfeitos com carreira, profissionais mudam trajetória

29 Jun 2011 - 15h05Por Folha.com

O advogado Arthur Simões, 29, gostava do curso de direito, mas se decepcionou com a área quando começou a atuar como estagiário. Resolveu dar aulas de ioga durante dois anos, período em que planejou uma viagem de bicicleta pelo mundo, patrocinada por uma empresa farmacêutica.

Na volta, não queria nem os tribunais, nem os ásanas (posturas de ioga). Simões virou fotógrafo.

Contada assim, a trajetória parece simples. Não foi fácil, no entanto, encarar a pressão da família e dos amigos em relação às suas decisões. "Também não havia nada em comum entre os trabalhos que fiz, não tinha como aproveitar minha experiência no direito na fotografia. Isso dificultou o início", comenta.

Atualmente, ele se considera realizado na área. "Tenho a sensação de que sempre tenho algo novo para aprender na fotografia", diz.

A vontade de mudar de carreira, como fez Arthur Simões, é um tema corrente no mercado de trabalho. A decisão, no entanto, merece ponderação.

Na avaliação de Marcelo Cuellar, headhunter da consultoria Michael Page, é preciso entender as motivações do profissional. "Há pressões que são consideradas normais no trabalho. Mas quando dá aquela agonia insuportável no domingo à noite, é hora de procurar outro rumo", define.

Agonia não foi bem o que a jornalista Júlia Serejo, 27, sentiu nos quatro anos em que atuou na sua área de formação. Ela gostava do trabalho, mas tinha dúvidas sobre a continuidade na carreira. "Achava que o estresse não valia a pena em relação ao que eu ganhava", diz.

Em 2010, decidiu transformar o gosto por criar bijuterias em negócio. Fez sociedade com a cineasta Luciana Pesinato, 30, para abrir a DosGardenias.

Segundo ela, a empresa está crescendo. "Agora sei que é isso o que quero como profissão", comenta.

A sociedade aconteceu depois que Luciana voltou de uma temporada de quatro anos em Barcelona, na Espanha. "Lá eu já queria empreender, mas ainda não tinha uma ideia formatada", assinala.

Enquanto Júlia quer se dedicar totalmente às peças artesanais da DosGardenias, Luciana pensa em levar a atividade em paralelo com a atuação em cinema. "Gosto muito de maquiagem e de produção de objeto em cinema, que tem a ver com moda e com o que fazemos na empresa."

Caminho inverso

Deixar uma carreira tradicional para transformar um hobby em trabalho parece o caminho comum de quem muda a trajetória profissional. Carlos Alexandre Baldaque Guimarães, 48, no entanto, fez o caminho inverso.

Surfista profissional dos 21 aos 24 anos, no início da década de 1980, ele considerou que já havia "dado sua contribuição ao surfe" e, com 25 anos, ingressou na área comercial da seguradora SulAmerica.

"Uma pessoa achava que eu tinha o perfil para a vaga, por liderar algumas iniciativas no esporte, e me convidou. Gostei e estou até hoje", diz ele, que ocupa o cargo de diretor de vendas.

O surfe não saiu da vida de Guimarães. Ele mora em Itacoatiara (próxima a Niterói, no RJ) e cai na água nas horas vagas.

Como realizar uma mudança de carreira

Entenda as demandas da carreira almejada. "Por vezes, só olhamos o lado divertido", comenta Marcelo Cuellar, da Michael Page. A indicação é conversar com quem já atua no setor

Analise se é possível aproveitar a experiência da carreira atual. "Se a resposta for positiva, a mudança é menos árdua", assinala o executivo

Prepare-se financeiramente. para lidar com eventual período de salário menor. O recomeço pode colocar o profissional em uma posição abaixo do que a que ele ocupa na profissão atual

Avalie se o segmento desejado é forte na cidade onde mora. Se não, analise a possibilidade de se mudar para um local com mais oportunidades

Participe de eventos, comitês e associações para esse entrosar no meio para o qual você quer ir.

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