Os dois principais órgãos de fomento à pesquisa nacional terão recursos extras para aumentar o número de bolsas de pesquisa no exterior.
Serão 75 mil novas bolsas de graduação, doutorado e pós-doutorado até 2014.
A oferta será da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com 40 mil bolsas, e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), com 35 mil.
A decisão sobre a distribuição das bolsas foi anunciada nesta semana, depois de uma reunião com os ministros da Educação, Fernando Haddad, e de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, com reitores de universidade e de institutos federais de educação, ciência e tecnologia.
Capes e CNPq afirmaram que os recursos para as bolsas serão extra-orçamentários, ou seja, não serão retirados de outros programas em andamento nessas agências de fomento.
As duas instituições, no entanto, não detalharam a origem de recursos. Em maio, durante a reunião magna da ABC (Academia Brasileira de Ciências), Mercadante afirmou que a possibilidade de parceria com empresas para obtenção de verba para as bolsas internacionais não está descartada.
MAIS BOLSAS, MENOS RECURSOS
A intenção de ter 75 mil bolsas de pesquisa no exterior foi anuncia pela presidente Dilma Rousseff, em discurso realizado em abril -- pouco depois do corte de 23% do governo federal aos recursos destinados à ciência.
A realização de pesquisa científica no exterior, dizem especialistas na área, contribui para a formação dos cientistas e pode aumentar a produção científica brasileira. Isso melhoraria a posição das universidades brasileiras nos rankings internacionais.