O ex-repressor militar e médico argentino Norberto Bianco, 66 anos, preso desde 2008 no Paraguai, será extraditado a seu país, segundo o texto de uma resolução judicial divulgada nesta terça-feira (12) no Palácio da Justiça paraguaio.
A disposição foi assinada pelo juiz Gustavo Amarilla, que atende a extradição do ex-militar que será entregue pela segunda vez às autoridades argentinas em Buenos Aires, de onde retornou ao Paraguai, onde foi novamente preso, segundo antecedentes judiciais.
Bianco é acusado de ter realizado partos de mulheres que posteriormente desapareceram nos anos 1977 e 1978 no Hospital Militar de Campo de Maio, em Buenos Aires, segundo a solicitação de extradição do juiz penal federal argentino Alberto Martín Suárez.
Pedido pela Justiça argentina, Amarilla tinha sido detido em Assunção em 2008 ao sair de uma clínica, onde trabalhava como traumatologista.
Essa prisão ocorreu em virtude de um pedido de extradição do juiz Martin Suárez recebido pela polícia paraguaia.
A organização Avós da Praça de Maio acusa Bianco por sua suposta responsabilidade no desaparecimento de crianças de presos e desaparecidos durante a última ditadura militar na Argentina (1976-1983).
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