A Enersul apresentou hoje o índice pleiteado pela empresa para reajuste na conta de luz do consumidor sul-mato-grossense. A concessionária defende aumento médio de 19,35%, mas não detalha quanto seria o percentual para o consumidor residencial e quando para o comercial.
Esse seria o impacto para o comsumidor, já que neste ano, a Enersul deixa de descontar os valores do ressarcimento por cobrança irregular depois de revisão tarifária de 2003. O valor real, analisa a mepres, pode ser de rajuste de 14,09%.
A direção da concessionária lembra que três índices foram levados em consideração para chegar a esse percentual. O primeiro é de reajuste econômico, no percentual de 8.31% - que engloba custos com energia comprada, transporte e ampliação de sistema elétrico.
O segundo, de 5.77%, representa componentes financeiros, como subsídios ao consumidor de baixa renda. E o terceiro item, de 5.27%, é referente ao que a Enersul pagava em ressarcimentos, que agora volta a ser cobrado.
Edson Araújo, presidente do Concen (Conselho de Consumidores da Enersul), avalia o pedido como uma forma de compensar o que a empresa foi obrigada a devolver aos sul-mato-grossenses, depois de cobrar percentual maior que o devido durante 5 anos. Uma reunião do conselho será marcada para avaliar o índice apresentado agora. “O cenário é de quem estava devolvendo e agora quer compensação”, resume.
Célia Hirata, superintendente de tarifas da empresa, diz que o reajuste é para o “reposicionamento das perdas’.
Recorde - Dentre os pleitos apresentados pelas empresas no Brasil, o da Enersul é o mais alto até agora. Em São Paulo, a CPFL – Leste Paulista, pediu 17,96% e a CPFL – Santa Cruz, 14, 45%. A Energisa, quer 15,56% e a Empresa Luz e Força Santa maria reivindica 10,74%.
O índice de reajuste de cada empresa é calculado pela Superintendência de Regulação Econômica, a partir da planilha apresentada pelas concessionárias, que usa fórmula cheia de dados técnicos. Depois, tudo é submetido à aprovação da diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica, durante reunião pública.
A definição da Aneel sobre Mato Grosso do Sul será em reunião no dia 7 de abril, um dia antes da nova tarifa entrar em vigor.
Neste ano, a Aneel já autorizou o aumento de 10,57% (baixa tensão) e 11,80% (alta tensão) para a Ampla – concessionária do Rio de Janeiro. Da Ceripa, empresa que atende o interior de São Paulo, o reajuste já aprovado pela Atgência é de 13,8%.
Ano anterior - Neste ano, a empresa acaba com a devolução dos R$ 192 milhões que recebeu a mais dos consumidores durante cinco anos de cobrança abusiva a partir da revisão tarifária de 2003. No ano passado, o aumento médio concedido pela Aneel foi de 2,58%, por conta do ressarcimento, descontado na tarifa mensal de cada cliente.
Mesmo com mais de 77 milhões em ressarcimento nas contas dos consumidores, o reajuste foi de 1,25% para os consumidores de baixa tensão e de até 8,52%, para os 2.570 clientes de alta tensão, as indústrias.
Depois do anúncio do índice em 2010, a empresa já falava em aumento da tarifa em, no mínimo, 7,09% em 2011, menos da metade do solicitado agora.
Também em 2010, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo, mesmo não tendo nada a devolver aos consumidores, as concessionárias reduziram as tarifas entre 0,77% e 5,69%.
A Cemat (Centrais Elétricas do Mato Grosso) teve decréscimo de 2,55%. A Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais) reduziu em 0,77%, e a CPFL Paulista teve queda de 5,69% no valor.
A Enersul atende a mais 830 mil clientes em Mato Grosso do Sul.
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