A Câmara Municipal de Bonito, juntamente com o Ministério Público Estadual, realizou na manhã desta segunda-feira (10) uma audiência pública para debater medidas que minimizem o turvamento os rios de Bonito.
Chamada "SOS Serra da Bodoquena", a audiência reuniu autoridades estaduais, municipais, representantes de órgãos ambientais, organizações não governamentais, empresas e produtores rurais, além de representantes do setor turístico e um expressivo número de moradores.
A mesa diretora foi formada pelo promotor Alexandre Stucki; vereadora Lúcia Miranda, presidente da Câmara Municipal; Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck; prefeito municipal, Odilson Soares; deputado estadual Renato Câmara; deputado estadual Paulo Correia; prefeito de Jardim, Guilherme Monteiro; promotor de Jardim, Allan Carlos Cobacho do Prado e pelo promotor de justiça e assessor do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet.
A audiência foi aberta às 09h00 pela presidente da câmara, Maria Lúcia Miranda, que falou sobre a importância da mobilização de todos os segmentos na busca de soluções.
Logo a seguir o promotor Alexandre Sutucki fez uso da palavra, começando por relatar as limitações da própria 2ª Promotoria de Justiça, da qual é titular, que além de ser responsável pela área de meio ambiente é responsável também pelas áreas de patrimônio histórico e cultural, da infância e Juventude, de pessoas com deficiência, habitação e urbanismo, direitos humanos, direitos do idoso e cidadania.
"Temos 8.850 hectares atualmente em conflito em Bonito", afirmou, lembrando que para fiscalizar o Ministério Público local conta apenas com o apoio de 3 funcionários do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e 4 policiais da Polícia Militar Ambiental".
Durante a sua fala o promotor alertou para um perigo ainda maior para as águas de Bonito, afirmando que "se não for resolvida a questão do Brejão do Rio da Prata ele acaba em 10 anos".
Confira na íntegra o vídeo da audiência pública.