Mais consumidores reclamam da velocidade real da internet entregue pelas operadoras em Mato Grosso do Sul. O advogado Kiko Cangassu conta que a velocidade de sua conexão, comprada da GVT com a promessa de 10 megas de velocidade, não chega nem a 1 megabyte na região da Avenida Afonso Pena, área central de Campo Grande.
De acordo com o profissional liberal, a situação fica pior no horário comercial quando tem de fazer vídeos-conferências com clientes. “Eu tenho de marcar reuniões às 20h”, diz. Ainda de acordo com o advogado, ele utilizava normalmente o serviço há dois anos e posteriormente a velocidade de sua internet diminuiu.
A central de atendimento da empresa GVT garante que ofereceria ao menos 80% da velocidade contratada "sem maiores oscilações".
Em março o consultor de infraestrutura com projetos sociais no Brasil e África, Delson Darque de Freitas, 57, denunciou a operadora Oi por fraude comercial após comprar um plano de internet com 4 megabytes de velocidade e não conseguir navegar com menos de 1 mega de velocidade.
Segundo ele, com a 'enrolação' para tentar resolver o problema, acabou sendo incluído no cadastro do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Freitas conta que o próprio funcionário responsável pela instalação, teria dito: “Esse povo tem essa mania de vender 10 megas, sendo que não tem nem 1 para instalar”.
Delson procurou o Procon e a Delegacia do Consumidor e já participou de audiência no Juizado de Pequenas Causas
De acordo com a Oi a instalação do serviço depende de uma análise prévia da linha telefônica do cliente, capacidade da central telefônica a qual ele está ligado e da infraestrutura do endereço em que o serviço será habilitado.
A empresa também informou que uma vez contratado o serviço, a velocidade pode sofrer variações relacionadas à rede interna, ao provedor de acesso e a outros fatores externos.