Uma equipe científica encontrou nas rochas do oeste da Austrália micróbios fossilizados que viveram há 3,4 bilhões de anos em um mundo sem oxigênio e que proliferavam graças a compostos à base de enxofre, segundo um estudo publicado neste domingo na revista científica Nature Geoscience.
"São os fósseis mais antigos achados na Terra", afirmou a Universidade de Oxford em um comunicado. A Terra tem 4,5 bilhões de anos. A vida surgiu entre 3,5 e 3,8 bilhões de anos, segundo os pesquisadores anteriores.
"Isso limita a algumas dezenas de milhões de anos o intervalo de tempo no qual os fósseis puderam se formar", afirma o professor Brasier.
"Pela primeira vez achamos em rochas arqueanas uma associação direta entre uma morfologia celular e subprodutos do metabolismo", concluem os pesquisadores.
Há 3,4 bilhões de anos, a Terra era um lugar quente, com uma forte atividade vulcânica, e a temperatura dos oceanos alcançava os 40 a 50°C.
Atualmente, afirma o professor Brasier, continua havendo bactérias que utilizam mais enxofre do que oxigênio para carregar de energia e proliferar. São encontrados principalmente em lugares quentes como chaminés hidrotermais, no fundo dos oceanos.