Um fungo que representa grande ameaça a pacientes internados em hospitais pode ter uma fraqueza escondida, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira e que reforça a habilidade dele em aderir ao tecido humano.
Mas em ambientes hospitalares, a cândida é um risco para pessoas doentes ou indivíduos com o sistema imunológico debilitado por câncer, HIV ou transplante.
Ela é responsável por uma em quatro infecções hospitalares, frequentemente transmitida por objetos plásticos implantados no corpo, como catéteres, articulações prostéticas ou equipamentos cardíacos.
Nos casos mais severos, quase a metade dos infectados morre.
A mais recente pesquisa, publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), chama a atenção para algo promissor: o mecanismo que o fungo usa para aderir às células humanas e colonizá-las se deve ao minúsculo segmento de uma proteína chamada Als adesina.
"As proteínas als adesina dão ao fungo a habilidade de florescer no corpo humano, o que o torna agente de infecções tão perigosas", explicou Ernesto Cota, biólogo médico do Imperial College, de Londres.
O próximo passo é testar complexos experimentais em amostras de laboratório do fungo para ver se bloqueará sua ação aderente.